Única produtora em escala fora da Ásia dos quatro elementos críticos de terras raras («ETRs”) – neodímio (Nd), praseodímio (Pr), térbio (Tb) e disprósio (Dy) – essenciais para as ímãs permanentes na fabricação de motores e veículos elétricos, turbinas eólicas, aparelhos de ar-condicionado e outras aplicações, a Mineração Serra Verde começou sua produção comercial no início de 2024 em seu depósito de Pela Ema, em Minaçu (GO). Dona do primeiro complexo industrial de terras raras a partir de argilas iônicas no Brasil, a companhia estuda dobrar sua capacidade bruta antes de 2030. Com capacidade inicial de 5.000 toneladas de óxidos de terras raras por ano, a mineradora trabalha para aumentar a Fase I por meio da otimização da planta e eliminação de gargalos, e está avaliando o potencial de uma expansão da Fase II para dobrar sua capacidade.
No final de 2024, sua unidade operacional Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM) foi incluída na lista de projetos da Minerals Security Partnership (MSP). A MSP é uma colaboração de 14 países parceiros e da União Europeia, atualmente presidida pela Coreia do Sul, que visa acelerar o desenvolvimento de cadeias de suprimento de minerais de energia críticos, diversificadas e sustentáveis.
Além disso, o Energy and Minerals Group e a Vision Blue Resources lideraram um investimento no valor de US$ 150 milhões na Serra Verde, com a participação do investidor fundador, Denham Capital, para viabilizar iniciativas visando a eliminar gargalos no fluxograma de produção, proporcionar melhorias operacionais e avançar no crescimento a longo prazo.
A PRIMEIRA OPERAÇÃO DE TERRAS RARAS NO PAÍS
A Serra Verde é a primeira produção comercial de elementos de terras raras no Brasil. Segundo o Fraser Institute (2023), o País é reconhecido como a jurisdição mais atraente da América Latina para investimentos em mineração. Os elementos magnéticos mais utilizados, como neodímio (Nd), disprósio (Dy), térbio (Tb) e praseodímio (Pr), têm um papel crucial na manutenção do desempenho de ímãs a altas temperaturas, particularmente os ímãs de neodímio-ferro-boro (NdFeB).
Durante a EXPOSIBRAM 2024, Pedro Burnier, diretor de ESG, Estratégia e Assuntos Corporativos da Serra Verde, apresentou um panorama sobre a atuação da empresa, destacando sua relevância no setor de mineraiscríticos e estratégicos: a Serra Verde é a primeira produção comercial deelementos de terras raras no Brasil.
Segundo o Fraser Institute (2023), o País é reconhecido como a jurisdição mais atraente da América Latina para investimentos em mineração. Os elementos magnéticos mais utilizados, como neodímio (Nd), disprósio (Dy), térbio (Tb) e praseodímio (Pr), têm um papel crucial na manutenção do desempenho de ímãs a altas temperaturas, particularmente os ímãs de neodímio-ferro-boro (NdFeB).
No painel “Apresentação de projetos de minerais críticos e estratégicos do Brasil”, Burnier explicou, por exemplo, que um único motor de veículo elétrico utiliza mais de 1 kg de ETRs, enquanto turbinas eólicas de 3 MW demandam 2 toneladas desses elementos. A produção global desses minerais é dominada pela Ásia, que representa 90% do mercado, ressaltando a importância de novos players como a Serra Verde para a diversificação da oferta.
De acordo com o diretor, a Serra Verde possui o maior depósito de terras raras de argila iônica fora da China, cuja produção é notavelmente mais sustentável em comparação aos métodos convencionais. “Nosso método de extração dispensa o uso de detonação, britagem ou moagem, o que diminui significativamente o impacto ambiental”, afirmou Burnier.
