Top 10 maiores produtores mundiais de cobre: O metal-chave da eletrificação

O cobre e a nova era da eletrificação

O cobre é o metal-chave da eletrificação global. Essencial na condução elétrica, o cobre está presente em cabos, motores, transformadores, turbinas e painéis solares.
Com a aceleração da transição energética, a demanda global por cobre deve dobrar até 2035, segundo a International Energy Agency (IEA).

Atualmente, o mundo produz cerca de 22 milhões de toneladas anuais, concentradas em poucos países que dominam as reservas e o refino do metal.


Os 10 maiores produtores de cobre do mundo (dados de 2024)

1. Chile – 5,3 milhões de toneladas

  • Líder global há mais de 30 anos, o Chile responde por quase 25% da produção mundial.
  • Principais minas: Escondida (BHP, Rio Tinto), Collahuasi e El Teniente (Codelco).
  • Desafios: escassez hídrica e aumento de custos operacionais.
  • Tendência: investimentos em dessalinização e mineração sustentável.

2. Peru – 2,6 milhões de toneladas

  • Segundo maior produtor global.
  • Destaques: Cerro Verde (Freeport-McMoRan), Las Bambas (MMG) e Antamina (BHP/Glencore).
  • Obstáculos: protestos sociais e atrasos em licenças ambientais.
  • Perspectiva: novos investimentos devem ampliar a produção em 10% até 2026.

3. República Democrática do Congo – 2,4 milhões de toneladas

  • O país africano se tornou um player estratégico, com forte presença de empresas chinesas.
  • Minas principais: Kamoa-Kakula (Ivanhoe/CMOC) e Tenke Fungurume.
  • Crescimento: a produção dobrou desde 2019.
  • Desafio: instabilidade política e infraestrutura precária.

4. China – 1,9 milhão de toneladas

  • Além de produtora, a China é a maior refinadora e consumidora mundial.
  • Produção concentrada em Jiangxi, Yunnan e Tibet.
  • Empresas líderes: Jiangxi Copper e Tongling Nonferrous Metals.
  • O país também investe em minas no Chile, Congo e Peru, garantindo suprimento estratégico.

5. Estados Unidos – 1,1 milhão de toneladas

  • A produção norte-americana é liderada pela Freeport-McMoRan, que opera Morenci (Arizona) e Chino (Novo México).
  • Políticas recentes, como o Inflation Reduction Act (IRA), incentivam a expansão do cobre doméstico para abastecer indústrias de energia limpa e veículos elétricos.

6. Austrália – 890 mil toneladas

  • Produção concentrada em Queensland e Austrália do Sul.
  • Minas de destaque: Olympic Dam (BHP) e Prominent Hill.
  • O país aposta em tecnologias de baixo carbono e expansão em energia solar para reduzir a pegada ambiental das operações.

7. Zâmbia – 850 mil toneladas

  • Tradicional produtora africana, agora em retomada após parcerias com a China e investimentos da First Quantum Minerals.
  • A mina Kansanshi é uma das maiores da África.
  • O país planeja dobrar a produção até 2032.

8. Rússia – 760 mil toneladas

  • Apesar de restrições comerciais, a Rússia mantém posição relevante no mercado global.
  • A Norilsk Nickel (Nornickel) é a principal produtora, com atuação integrada em cobre, níquel e paládio.
  • Parte da produção é redirecionada à Ásia, especialmente à China.

9. México – 720 mil toneladas

  • Minas principais: Buenavista del Cobre e La Caridad, ambas da Grupo México.
  • O país se beneficia da proximidade com os EUA, principal comprador do cobre mexicano.
  • Expectativa de crescimento moderado, com novos projetos de expansão no estado de Sonora.

10. Indonésia – 670 mil toneladas

  • Produção concentrada na mina Grasberg, uma das maiores do planeta, operada pela Freeport Indonesia.
  • O país ampliou o refino interno com o projeto Manyar Smelter, em parceria com a Tsingshan.
  • Foco em verticalizar a cadeia para agregar valor localmente.

O papel do Brasil no mercado global de cobre

O Brasil ocupa a 12ª posição mundial, com produção próxima de 370 mil toneladas/ano, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM, 2024).
As principais minas estão localizadas em Carajás (PA), operadas pela Vale, Mineração Caraíba (Ero Copper) e Mineração Maracá (Yamana/Equinox Gold).

Nos últimos anos, o país vem ampliando investimentos em cobre verde, com foco em:

  • Reaproveitamento de rejeitos para recuperar metais;
  • Uso de energia renovável nas plantas de beneficiamento;
  • Expansão de projetos no Pará e Goiás.

O objetivo é consolidar o Brasil como fornecedor sustentável para indústrias de energia, veículos elétricos e transmissão.


Tendências e desafios do mercado global

  • 🌍 Demanda crescente: o cobre é essencial para carros elétricos, turbinas eólicas e redes de energia.
  • ⚙️ Descarbonização da mineração: países investem em eficiência energética e captação de CO₂.
  • 📈 Defasagem na oferta: estudos indicam que o mundo poderá enfrentar déficit de cobre a partir de 2028, caso novos projetos não entrem em operação.

O cobre é mais do que um metal industrial — é o fio condutor da transição energética.
Com o avanço da eletrificação e da economia verde, países produtores como Chile, Peru, Congo e Austrália assumem papel estratégico no abastecimento global.
O Brasil, embora ainda fora do top 10, desponta como fornecedor sustentável e competitivo, com potencial de destaque na próxima década.

BHP coloca ativos de cobre e ouro à venda no Brasil

A BHP, mineradora australiana, anunciou a venda de suas áreas com depósitos de cobre e ouro no Brasil, conforme noticiado pelo jornal Valor. Esses ativos, adquiridos em 2023 da Oz Minerals por US$6,4 bilhões, agora são gerenciados pelo banco Santander, responsável por coordenar as negociações.

Segundo o jornal, a Nexa Resources já demonstrou interesse nesses ativos, com especial foco na mina subterrânea de Pedra Branca, que contém depósitos de minério sulfetado de cobre e ouro.

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Portfólio de Mineração da Nexa Resources

A Nexa Resources é uma das maiores produtoras de zinco do mundo, com operações em grande escala no Brasil e no Peru:

  • Brasil:
    • Mina Aripuanã (MT): Mina polimetálica que iniciou a produção comercial em 2023 e é considerada a segunda maior nova produção de zinco do mundo.
    • Mina Vazante (MG): Em operação desde 1969, produziu em 2023 um total de 145 mil toneladas de zinco, além de chumbo e prata.
  • Peru:
    • Mina Atacocha: Produz desde 1938 e registrou um volume significativo de zinco, chumbo, prata e ouro em 2021.
    • Mina Cerro Lindo: Considerada a mina subterrânea mais produtiva do país, com alta produção de zinco, cobre, chumbo, prata e ouro em 2021.
    • Mina El Porvenir.
    • Refinaria de Zinco de Cajamarquilla: A quinta maior do mundo.

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O interesse da Nexa nos ativos da BHP no Brasil reforça sua estratégia de expansão e diversificação de seu portfólio de mineração, especialmente em um contexto de crescimento na demanda por cobre e ouro.

Anglo American vende minas de carvão na Austrália para Peabody Energy por US$ 3,7 Bi

A Anglo American, uma das maiores mineradoras do mundo, anunciou um movimento estratégico significativo: a venda de seu portfólio de minas de carvão siderúrgico localizadas na Austrália para a Peabody Energy. A transação está avaliada em US$ 3,775 bilhões, consolidando uma importante etapa na transformação da empresa.

Essa decisão reflete um esforço mais amplo da Anglo American para se reposicionar como líder em setores com alto potencial de crescimento e alinhados às tendências de sustentabilidade. A venda gerará um total de até US$ 4,9 bilhões em receitas brutas em dinheiro, considerando a já anunciada venda da participação da empresa na mina Jellinbah.

Duncan Wanblad, CEO da Anglo American, destacou a importância dessa reconfiguração: “A venda do nosso negócio de carvão siderúrgico é um passo importante na realização da nossa estratégia de criar um portfólio focado em cobre de classe mundial, minério de ferro premium e nutrientes agrícolas.” A empresa busca uma proposta de investimento diferenciada, com forte geração de caixa e um portfólio de ativos de alta qualidade.

Reestruturação e Foco em Novas Commodities

Além da venda dos ativos de carvão, a Anglo American está em processo contínuo de reestruturação. A cisão da Anglo American Platinum está prevista para meados de 2025, e a venda de seu negócio de níquel já está em andamento, com grande interesse no mercado. Esses movimentos visam focar em setores-chave para o futuro sustentável da mineração.

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Com essa nova configuração de portfólio, a mineradora busca atender à crescente demanda por recursos essenciais para a transição energética global, expandindo suas operações em cobre, minério de ferro e nutrientes agrícolas – áreas com alto potencial de crescimento e alinhadas com as inovações em tecnologia verde.

Peabody Energy Consolida Posição no Setor de Carvão

Para a Peabody Energy, a aquisição representa uma expansão estratégica de seu portfólio, incluindo participações significativas em importantes joint ventures de carvão, como Moranbah North (88%), Capcoal (70%) e Roper Creek (86,36%).

Jim Grech, presidente e CEO da Peabody, expressou entusiasmo com a transação: “Estamos entusiasmados em adquirir esses ativos de classe mundial e em integrar nossa força de trabalho altamente qualificada. Nossa parceria com a Anglo American fortalece nosso compromisso com segurança, sustentabilidade e a criação de valor de longo prazo.”

A transação está sujeita a condições regulatórias e deve ser finalizada no terceiro trimestre de 2025. A Peabody já realizou um depósito inicial de US$ 75 milhões, que será retido pela Anglo American em caso de não conclusão sob condições específicas.

O sucesso em dobro da Appian Capital em níquel e cobre

A revista International Mining, parceira editorial de MINÉRIOS&MINERALES, entrevistou o fundador e CEO da Appian, Michael W.Scherb, quando foi divulgada a venda da mina de níquel de Sta. Rita e a de cobre de Serrote para a Sibanye-Stillwater, que pagará US$ 1 bilhão mais 5% de royalty sobre a produção líquida na fundição de níquel.


Em 2018, Appian comprou Atlantic Nickel que estava insolvente e controlava Sta.Rita, por US$68 milhões, e a Mineração Vale Verde, controladora de Serrote, por US$40 milhões. Sta. Rita teve sua escala reduzida para produzir 20 mil a 25 mil t/ano de níquel sulfetado contido equivalente e fez sondagens para mostrar o potencial do depósito no subsolo. Serrote foi comissionada no prazo e orçamento e está em fase
de ramp up para atingir 20 mil t/ano de cobre equivalente.


Appian vendeu ainda ao longo de 2021 sua participação de 13% na mineradora de ouro Roxgold na África; o royalty de O,28% sobre Caserones, mina de grande porte de cobre no Chile; e o royalty sobre o projeto de terras raras Ngualla, na Tanzania.


Indagado sobre as razões de sucesso num portfólio tão diversificado de projetos, Michael Scherb respondeu que “além de expertise no setor financeiro, Appian tem uma equipe para resolver questões operacionais específicas, como acionar consultores para problemas no fluxograma das plantas, por exemplo, além de assessoria financeira para reduzir custos e recuperar os ativos para gerar margens positivas. Contratamos
técnicos experientes da indústria da mineração e especialistas em finanças familiarizados com as peculiaridades do setor, que passam por um treinamento cruzado para evitar os efeitos de conhecimentos compartimentalizados em “silos”. Êle só não disse que tem invejável faro para bons depósitos de minerais “quentes”.

South32 terá 45% da mina de cobre

South32 Ltd anunciou que celebrou dois acordos condicionais vinculativos com Sumitomo Metal Mining e Sumitomo Corporation para adquirir 45% da mina de cobre Sierra Gorda no Chile, através da aquisição de uma participação indireta de 45% na Sierra Gorda SCM (SGSCM) por US $ 1,55 bilhão . A South32 também concordou em pagar à Sumitomo uma parcela adicional de até US $ 500 milhões, dependendo da produção de cobre nos anos 2022-2025.

Sierra Gorda é uma mina em operação na região de mineração de cobre de Antofagasta, que deve produzir 180.000 t de cobre, 5.000 t de molibdênio, 54.000 onças de ouro e 1,6 milhões de onças de prata em 2021 (base 100%). A aquisição fornece à South32 o controle conjunto do empreendimentos com a parceira de 55% da joint venture que é a  KGHM Polska Miedz, uma mineradora global listada na Polônia.  A operação é atendida por excelente infraestrutura, incluindo acesso a energia renovável e água do mar para processamento. 

Exportações de cobre subiram 32,8% no Chile

Os embarques de cobre aumentaram 32,8% em outubro, em relação ao mês anterior, no Chile, de acordo com o Banco Central local. O maior dinamismo da economia global acelera­ram as exportações daquele país nos últimos meses. Os analistas acreditam que o aumento do preço do cobre e o incremento da economia mundial devem impulsionar a cadeia de mineração chilena e alavancar o PIB. (mais…)

Peru quer ter o dobro do mercado global de cobre

O Peru quer ter 12,8% de participação do mercado global de cobre, o que significaria o dobro do registrado há dez anos. O crescimento exponencial peruano faz parte da estratégia de governo, que pretende lançar programas para atrair investimentos e alinhar as empresas para atingir a meta. O objetivo é produzir cerca de 3,1 milhões t em 2021, 30% a mais do que o previsto para este ano. Hoje, o Peru é o segundo maior produtor de cobre do mundo, superado apenas pelo Chile, que detém atualmente 10% do mercado. (mais…)

Produção de concentrado de cobre e ouro segue até 2029 em Alto Horizonte (GO)

Descoberta em 1973, mina Chapada entrou em produção em tempo recorde – dois anos

Por Vinícius Costa Localizada no município de Alto Horizonte (GO), a 270 km ao noroeste de Brasília, a mina Chapada, da Mineração Maracá Indústria e Comércio (MMIC), empresa da Yamana, foi o primeiro grande empreendimento implantado pela companhia no Brasil e instalado em tempo recorde (início em fevereiro de 2005 e o primeiro embarque de concentrado de cobre em produção comercial em fevereiro de 2007).  

Descoberto em 1973 pela Mineração Serras do Sul – Minerasul (empresa subsidiária da Inco) por meio de uma campanha regional de geoquímica de sedimentos de corrente, o depósito de Cu-Au de Chapada foi pesquisado e sondado até 1996, passando pelas empresas Inco, Eluma, Santa Elina e Echo Bay, as quais perfuraram 856 furos, num total de 67.314 m de sondagem. Em 2000, o depósito passou para a MMIC, que iniciou as atividades de abertura da mina e construção da planta.

A unidade foi responsável por contribuir de maneira decisiva para consolidação da Yamana em território nacional, pois apresenta boa performance de produção e gestão de custos, tornando-o competitivo quando comparado aos projetos similares pelo mundo, sendo Chapada responsável por uma grande parcela do faturamento bruto da empresa.

Inserido na porção noroeste do estado de Goiás, entre os municípios de Nova Iguaçu de Goiás e Alto Horizonte, a mina tem acesso principal, a partir de Goiânia, feito pela rodovia BR-153 até Campinorte (312 km), por onde se alcança as cidades de Nova Iguaçu de Goiás e Alto Horizonte pela rodovia GO-428. Concebida originalmente para uma escala de 12 milhões t de alimentação da planta, já em seu início de operação, Chapada conseguiu a marca de 16 milhões t, ou seja, superou as metas traçadas e hoje opera a 22 milhões t/ano.

Carlos Eduardo Paraizo, gerente-geral da mina Chapada

Prevista para operar por mais 18 anos, Chapada espera produzir em 2014 cerca de 247.000 DMT de concentrado de cobre e ouro na unidade que emprega 516 funcionários próprios e 810 terceirizados. Visando manter operacionalidade ótima da mina, somente em 2013, a mineradora investiu R$ 98.700.313. Já para o ano de 2014, o montante indicado pela gerência da unidade é superior aos R$ 108 milhões.

Com 3.000 ha, Chapada vem se atualizando com implementações automatizadas de controle da mina e da planta e aquisição de equipamentos novos para dar suporte à operação. Como exemplo disso, em 2013 foram adquiridos seis caminhões de frota de estrada Cat 777G, além de escavadeiras e outros equipamentos auxiliares.

Somado a isso, para a planta, a mineradora adquiriu sistema de controle avançado do moinho de bolas (APC); sensor virtual de granulometria; Manufacturing Execution System (MES); e atualmente implanta um sistema de controle avançado para flotação. Para agilizar na tomada de ações, a empresa contará em 2014 com uma sala de controle unificada e remota. Ela tem o objetivo de integrar as equipes de mina e planta e melhorar as respostas e o entendimento dos problemas operacionais.

Dentre as implementações já realizadas, é possível destacar o investimento feito em correntes para os pneus dos equipamentos de lavra como um dos destaques devido ao sucesso na aplicação, que reduziu o número de acidentes e aumentou a produtividade na lavra.

Segundo o gerente-geral, Carlos Eduardo Paraizo, na época chuvosa, a utilização dos caminhões era reduzida consideravelmente devido à falta de condição de trafegabilidade dos acessos ocasionada pela perda de tração dos pneus. A manutenção constante dos acessos não era suficiente para manter o tráfego na mina devido à forte incidência de chuva aliada com a baixa competência das litologias disponíveis na mina para serem utilizadas como base, sub-base e forração dos acessos.

Dessa forma, buscou-se uma solução adicional para manter a produção nas épocas mais chuvosas e, por meio de uma parceria entre a mina Chapada e um fabricante de correntes, foi realizado um teste e verificada a viabilidade, sendo assim aplicadas correntes em todos os caminhões. O resultado final foi satisfatório com incremento de produção, produtividade e utilização da frota de caminhões fora de estrada com correntes, além do aumento da vida útil dos pneus traseiros devido à redução de perdas, como incidência de cortes e danos na banda de rodagem e lateral do pneu. Houve ainda redução de acidentes, devido ao menor risco do caminhão perder a tração e o controle, principalmente em declives.

No período de teste das correntes, houve um incremento de 5% na produtividade da frota Cat 785, mesmo com DMT (Distância Média de Transporte) superior ao período chuvoso sem uso de correntes. Houve aumento de produção de 12,1 % e de receitasde 5% no período de testes.

A empresa já utiliza as correntes em seus pneus há três anos e, segundo o gerente, conseguiram aperfeiçoar o sistema. “O primeiro ano foi muito bom, já o segundo nem tanto, mas em 2013 contratamos uma empresa para fazer a calibragem dos pneus e aperto das correntes, o que melhorou odesempenho. Para 2014, serão três turnos de aperto de correntes”, explica.

Ainda, segundo o gerente, a empresa não se prende ao preço de uma melhoria, mas sim ao resultado final e benefícios que ela irá gerar. “Recentemente, por exemplo, com o sistema de automação, reduzimos os gastos com alguns insumos, como bolas de moinhos e materiais de desgaste. Outra medida, como a troca do uso de cal hidratado para a cal virgem, reduziu os custos em R$ 3,5 milhões”.

A empresa, visando evitar quebras e manter a integridade dos seus equipamentos de transporte, é responsável por um programa de valorização ao caminhão. Nele, cada operador dirige sempre o mesmo veículo por turno, ou seja, cada equipamento é dividido sempre e apenas por aqueles três funcionários. A cada três meses, há uma premiação concedida ao trio que durante o trimestre acumulou mais pontos em eficiência e cuidados com o veículo.

Para o corpo de funcionários, a Mineração Marac&aac
ute; Indústria e Comércio mantém treinamentos no Senai, em Alto Horizonte (GO), e para todo novo equipamento a mineradora se preocupa em adquiri-lo com o pacote de treinamento e reciclagem, sendo que cada funcionário precisa de no mínimo 60 dias de aulas até poder operar sozinho. A Yamana mantém também um programa de incentivo à educação que custeia até 60% de do curso de especialização que o funcionário pretende fazer, como MBA, por exemplo.

Visando manter a operação até 2029, está prevista para abril uma expansão com a abertura e desenvolvimento do Corpo Sul. Essa cava operará com um britador giratórioin pit crushingda ThyssenKrupp em uma posição intermediária entre o corpo atual e a cava sul, com 1,7 km de correia. A utilização doin pit crushingabsorverá parte da lavra do corpo atual e toda do corpo sul e deverá ser um dos destaques de redução de custos em 2014, pois se não fosse ela, seriam necessários ao longo do tempo de seis a oito caminhões operando. O sistema de britagem reduzirá as emissões de CO2e, além de tudo, irá aumentar a produtividade da frota, pois além de menor DMT, haverá redução de tráfego de caminhões carregados em rampas ascendentes. Com isso, será possível reduzir o consumo específico de diesel (l/t) e materiais de desgaste da frota.

Em relação às dificuldades enfrentadas pela operação, a mineradora explica que as inconstâncias na rede elétrica na região obrigam a MMIC a manter geradores sempre disponíveis para que as células de flotação não deixem de funcionar. Contudo, quando há uma falha na energia, sempre há a chance de se perder a configuração da planta, obrigando que se faça obackupda planta.

Caminhões operam 24 horas e são equipados com correntes nos pneus para trafegar no período de chuvas