Apesar da pouca difusão, a mineração tem, recorrentemente, agregado significativo valor social às suas atividades. Assim, pode contribuir com a melhoria da qualidade de vida da sociedade. A atividade mineradora é uma grande indutora de desenvolvimento social, pois, além de gerar renda, propicia a interiorização de atividades industriais e está na base das mais diversas cadeias produtivas, fornecendo matérias-primas, além de ser grande consumidora de máquinas e equipamentos, o que afeta centenas de setores.
É inegável que a instalação de um grande complexo de mineração, em especial em uma área pouco desenvolvida, traz a esperança na forma de empregos e desenvolvimento. As oportunidades de emprego aumentam e que as pessoas potencializam as chances de se qualificação profissional e escolar, desde o ensino básico até o superior.
É imprescindível que essa atividade seja realizada de maneira a promover também a melhoria da qualidade de vida da comunidade na qual está inserida e a preservação ambiental. Por isso, é condição sine qua non que mineradoras mantenham investimento constante em programas de cunho social. Esse tem sido o caso daquelas que atuam no Estado do Pará, uma das regiões produtoras mais expressivas da mineração brasileira.
As companhias vêm implementando ações como: treinamento de mão de obra local, educação ambiental, aprimoramento e desenvolvimento de produtores locais, combate e prevenção de doenças, inclusão social e digital, dentre outras.
Experiências de sucesso são contabilizadas em diversas mineradoras no estado do Pará através de projetos como: Casa Imerys, espaço de formação educacional onde são ofertados cursos de capacitação gratuitos para a comunidade de Barcarena; Sorriso Saudável, que atende aos alunos de escolas públicas de Barcarena e Ipixuna; Criança e Arte; Saúde do Idoso; Inclusão Digital; Horta Comunitária; Visão Viva; Avicultura; Piscicultura; Saúde Comunitária; Tambores e Tamborzinhos do Conde; e o Programa de Amparo a Gestantes Carentes (Ampagesta); O Projeto Escola de Música de Óbidos, no Pará, ajuda a transformar gerações. Investir em cultura e educação é contribuir para transformar gerações. Por isso apoiamos ações de formação musical, para que jovens músicos possam sonhar com novos caminhos. O projeto da Escola de Música de Óbidos, no Pará, da Mineração Rio do Norte, mostra isso de perto; O Ecoa, da Alcoa em Juruti, fomenta a participação comunitária na construção de sociedades sustentáveis por meio de processos de educação socioambiental e já envolveu dezenas de escolas, centenas de professores e milhares de estudantes em diversos projetos comunitários – como hortas, bibliotecas comunitárias, parquinhos, mutirões de limpeza e campanhas públicas de conscientização ambiental; As Estações Conhecimentos da Vale, geram oportunidades de desenvolvimento social para comunidades de Marabá e Tucumã. Os espaços socioeducativos oferecem atividades de educação, cultura e esporte.
Essas iniciativas trazem como premissa maior o fortalecimento das políticas públicas, a articulação de parcerias, além da promoção da mobilização social.
A indústria se transformou, e os gestores empresariais passaram a perceber a necessidade de investimento na área da sustentabilidade, para a permanência da empresa no mercado de negócios. O setor privado pode desempenhar estratégias neste contexto. As empresas, especialmente as corporações de alcance global, podem e devem minimizar os impactos negativos sociais e ambientais de suas operações.
*Poliana Bentes de Almeida – Administradora. MBA em Gestão Empresarial (FGV), Mestranda em Gestão de Conhecimentos para o Desenvolvimento Socioambiental pela UNAMA. Sócia da Poliana Bentes de Almeida Consultoria Empresarial. Coordenadora Executiva do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará. Conselheira Administrativa da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (biênio 2019-2021)
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