Na Mina de Fazendão da mineradora Vale, localizada em Minas Gerais, os desafios de manutenção eram diversos, entre eles: grandes distâncias entre equipamentos, localizações de difícil acesso para a inspeção e coleta de dados em ativos críticos, e até mesmo trânsito de equipamento de grande porte. Estas condições resultavam em riscos iminentes aos inspetores em campo. Visto esse cenário, a equipe Vale deu início no ano de 2020 à busca por soluções para os desafios encontrados.
Uma importante parceria foi então firmada com a empresa Dynamox e ambas companhias iniciaram a implementação de um projeto de monitoramento de vibração e temperatura de pontos críticos, totalmente automatizado e 100% remoto.
Este trabalho busca apresentar uma breve introdução sobre a situação prévia encontrada na Mina de Fazendão, comentar sobre a tecnologia adotada, e, por fim, alguns dos resultados já obtidos, a fim de comprovar a eficácia da implementação.
Na Mina de Fazendão, de março a julho de 2020, foram instalados sensores em 100% dos equipamentos da planta e seus respectivos subconjuntos, sendo eles: motores, redutores, mancais de transportadores, caixas excitadoras e rolamentos dos queixos do britador, além de gateways para automatização da coleta de dados.
Os sensores coletam aceleração, velocidade, deslocamento e temperatura e são certificados IP66 e IP68, o que atribui robustez suficiente para aplicação nos mais diversos locais da planta. O sistema está instalado nas mais distintas máquinas: correias transportadoras; peneiras vibratórias; alimentadores vibratórios; britadores de mandíbula e alimentadores de correia.
Com a implantação, foram eliminados os riscos na atividade de coleta de vibração, o que resultou ainda na liberação de 12,8 horas de HH mensais. Dessa forma, o colaborador pode executar outras atividades e focar em seu aprimoramento técnico.
Em um curto período de três meses após a instalação dos sensores e gateways, foi possível evitar perdas no circuito estimadas em 30 mil toneladas, o que corresponde à aproximadamente R$ 3.438.000,00.
AUTORES: Bruno Matias, coordenador de engenharia e gestão de ativos Usinas Sudeste; Jader dos Santos Miranda, coordenador de engenharia Usinas Mariana; Rodolfo Lima, engenheiro de produção no setor de Engenharia das Usinas do Complexo Mariana; Ronaldo Jabuor, gerente de engenharia Usinas Sudeste e Caroline Menegat, gerente de suporte e projetos da Dynamox