Aclara inaugura planta piloto para mineração de terras raras em Goiás

Aclara inaugura planta piloto para mineração de terras raras em Goiás

A Aclara, empresa líder em mineração, inaugurou sua planta piloto em Aparecida de Goiânia, em Goiás, consolidando sua presença no Brasil. O evento contou com a presença de autoridades, como o Vice-Governador Daniel Vilela, e marcou o início de testes semi-industriais para o futuro do Projeto Carina, localizado em Nova Roma, no nordeste goiano.

Com um investimento de R$ 30 milhões, a planta piloto tem como objetivo processar 250 toneladas de argilas iônicas. O resultado será um concentrado de terras raras com mais de 95% de pureza, essencial para a produção de tecnologias limpas.

Tecnologia e Potencial de Mercado

Murilo Nagato, Diretor-Geral da Aclara no Brasil, destacou a importância das novas instalações: “A operação da planta piloto será um componente-chave para melhorar a recuperação metalúrgica das argilas iônicas do Projeto Carina, onde encontramos terras raras como Neodímio, Praseodímio, Disprósio e Térbio.” Ele ressaltou o potencial da empresa, que “poderá fornecer terras raras pesadas suficientes para produzir 5 milhões de carros elétricos por ano”.

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A planta piloto utilizará a tecnologia patenteada “Colheita Mineral Circular” para otimizar o processo de extração, produzir amostras comerciais e verificar a compatibilidade com as argilas locais.

Inovação e Mineração Sustentável

A atuação da Aclara é pautada pelo conceito de mineração climaticamente inteligente. Seu processo de extração de terras raras se diferencia por ser ecologicamente responsável:

  • Não utiliza explosivos ou trituração.
  • Não gera resíduos líquidos.
  • Dispensa barragens de rejeitos.
  • Reutiliza 95% da água do processo.
  • Recupera 99% do principal reagente, que é um fertilizante natural.

José Palma, Vice-Presidente Executivo da Aclara, reforçou o propósito da empresa de se tornar um produtor sustentável de terras raras, essenciais para a fabricação de ímãs permanentes usados em veículos elétricos, turbinas eólicas e robótica, facilitando a transição para um futuro mais descarbonizado.

A operação da planta piloto, que gerará cerca de 80 empregos diretos e indiretos, é um passo fundamental para o desenvolvimento do Projeto Carina e para a consolidação da mineração de terras raras no Brasil.

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