Para otimizar o processo de preparação de amostras na Mina Morro do Ouro, da Kinross, houve a necessidade de mudanças no layout do laboratório de forma a otimizar o espaço para atender as expectativas da campanha de sondagens a partir do ano de 2017.
E aplicou-se o conceito de reengenharia nos equipamentos existentes no laboratório, a saber: células de flotação, moinho de BWI, britadores, pulverizadores, quarteadores de amostras e peneiradores, visando maximizar a produtividade. As modificações foram realizadas atendendo às normas NR10, NR12 e NR17, visando também tornar os equipamentos mais seguros, gerando mais conforto aos operadores. O resultado destas mudanças foi o aumento da produtividade do Laboratório de Processos.
O início da operação na Mina Morro do Ouro está relacionado também ao início das atividades no Laboratório de Processo em 1987. As principais atividades do Laboratório de Processos estavam direcionadas para o entendimento dos processos de produção do ouro nas etapas de britagem, moagem, classificação, flotação, espessamento e lixiviação.
O conhecimento do depósito mineral tornou-se uma importante atividade no escopo do laboratório. Contudo, para o cumprimento da demanda exigida de preparação de amostras de sondagem, o laboratório carecia de desenvolvimento na otimização da produtividade da preparação de amostras e execução de ensaios metalúrgicos, estudo de confiabilidade dos equipamentos e adequação as normas de segurança.
Este trabalho objetiva uma apresentação das ações e os resultados alcançados no processo de preparação de amostras em três principais pontos: segurança, produtividade e confiabilidade de equipamentos.
Aplicação do novo lay-out e das modificações realizadas nos equipamentos, reduziu a fadiga dos funcionários e otimizou o processo produtivo das amostras de sondagem.
Além disso, aumentou a segurança efetiva dos operadores durante a execução das atividades conforme as normas NR-12, NR10 e NR17.
As modificações realizadas nos equipamentos geraram mais confiabilidade e aumentado de 60 dias para 120 dias o tempo entre as manutenções. Isto possibilitou a continuidade operacional e um aumento significativo da produtividade. A partir do ano de 2015 até a projeção de 2018, o aumento é de cerca de 316%.
Os resultados também foram expressivos no custo da preparação das amostras, sendo em 2015 o custo de US$ 24,70 por amostra, para uma projeção de US$ 10,60 em 2018.
Autores: Liberalino da Silva Neves – supervisor do laboratório de processo, Alvimar Sousa – chefe de departamento de processos e desenvolvimento tecnológico, Getulio Gomes Junior – gerente de processos e desenvolvimento tecnológico, Heitor Bittencourt Baeta – engenheiro de processos, e Guilherme Ramos – analista de processos.