Em janeiro deste ano, a Atlas Lithium – uma das maiores mineradoras de lítio no mundo – informou a respeito de avanços para a produção do Projeto Neves de lítio de rocha dura de propriedade integral, localizado no estado de Minas Gerais. A empresa segue investindo e ampliando as ações no Brasil. Nessa quarta-feira (4), o presidente e CEO da empresa, Marc Fogassa conversou com a Revista Minérios & Minerales durante o Brazil Lithium & Critical Minerals Summit 2025, realizado em Belo Horizonte, e comentou a respeito de alguns destes projetos em Minas.
“Em relação a minerais críticos, nós temos um projeto de terras raras na região de Patos de Minas. O projeto de grafite, também no norte de Minas, e um projeto de ferro no Quadrilátero Ferrífero. E, em relação a minerais não-críticos, temos um projeto de quartezito”, citou.
Sem detalhar projetos, Fogassa comentou que o de ferro está “bem avançado”.
Com o preço do ferro ainda em uma tímida elevação, as previsões do mercado não são muito otimistas em curto prazo. Após um tombo de quase 10% em abril, os preços do minério de ferro se recuperaram parcialmente em maio. Ao comentar a respeito deste cenário, o CEO da Atlas Lithium ponderou que o fundo de caixa deverá ser suficiente para custear parcialmente a exploração dos outros minerais.
“O nosso modelo para o ferro é tipo royaltie: a gente não vai ter quase nenhum custo. Nós estamos com um parceiro que vai fazer a exploração e o processamento. E eles fazem a venda”, informou, sem citar nomes.
Ao ser questionado em relação aos investimentos nestes projetos, Fogassa disse que não ainda não foram divulgados, mas que “claramente vão querer crescer no ferro em curtíssimo prazo”, porque vai começar a gerar caixa ainda este ano. O licenciamento ambiental para operar já foi obtido. O projeto de terras raras ainda está em fase de exploração, informou.
E o restante dos projetos são a médio e longo prazo, pois preveem que a geração de caixa vá demorar mais. Em relação ao lítio, a expectativa é de geração de caixa em um ano.
“A gente tem vários projetos e em várias fases. O controle é retido por nós. Escolhemos o parceiro para trabalhar, mas o controle é nosso”, salientou.
Sobre o Projeto Neves
O Projeto Neves recebeu licença operacional de Minas Gerais em outubro de 2024. Com 539 quilômetros quadrados de direitos minerais de lítio, a Atlas Lithium possui a maior área de exploração de lítio no Brasil de qualquer empresa de capital aberto. A empresa também detém uma participação acionária de 32,7% na Atlas Critical Minerals Corporation (anteriormente Jupiter Gold Corporation), uma empresa de mineração diversificada com direitos minerais significativos em terras raras, cobre, grafite, níquel, minério de ferro, ouro e quartzito.
