Créditos da imagem: A BRASS possui sólida experiência no desenvolvimento de projetos e aplicação da Metodologia BIM para seus clientes e parceiros. O nível informacional é o ponto chave para o sucesso dos projetos da BRASS.
A mineração está no centro das transformações globais. Responsável por fornecer os insumos essenciais para infraestrutura, energia limpa e avanços tecnológicos, o setor carrega também desafios complexos: pressão crescente por sustentabilidade, projetos de capital de alta complexidade e baixa previsibilidade no ciclo de execução.
De acordo com a Deloitte (2023), a mineração sustenta aproximadamente metade da economia global, o que lhe confere o maior potencial de qualquer setor para influenciar positivamente o desenvolvimento social, ambiental e econômico. Esse papel central exige uma mudança de paradigma — e ela já está em curso. Tecnologias digitais integradas e metodologias modernas, como FEL, AWP, BIM e Lean Construction, estão redesenhando a forma como os projetos são concebidos, planejados, executados e operados.
PLANEJAMENTO E VIABILIDADE TÉCNICA: ONDE TUDO COMEÇA — E PODE DAR ERRADO
Estudos do Independent Project Analysis (IPA) mostram que projetos com definição adequada na fase de FEL podem apresentar até 15% menos custos em comparação com os mal definidos. No entanto, muitos projetos ainda falham ao tomar decisões críticas com base em dados limitados ou desatualizados.
A combinação entre BIM e GIS, viabilizada por plataformas como o ArcGIS da Esri e o InfraWorks da Autodesk, permite que dados geoespaciais, ambientais e sociais sejam integrados diretamente à modelagem conceitual. Isso traz uma nova perspectiva ao planejamento de minas e plantas industriais, onde a ocupação do solo, as restrições ambientais e o risco geotécnico são visualizados com mais clareza e precisão.
Esse nível de maturidade técnica logo nas fases iniciais (FEL 1 e 2) acelera o licenciamento,
reduz retrabalhos futuros e antecipa os riscos antes que eles se materializem no canteiro.
PROJETO EXECUTIVO E PLANEJAMENTO CONSTRUTIVO BIM E AWP NA PRÁTICA
A transição do conceito para a engenharia executiva requer um modelo digital bem estruturado e logicamente vinculado ao plano de execução. É nesse ponto que a metodologia AWP (Advanced Work Packaging) e o uso intensivo de BIM transformam a produtividade.
Com Soluções Autodesk como Navisworks e Autodesk Construction Cloud, as disciplinas de projeto são integradas em um modelo colaborativo. Pacotes de trabalho são criados a partir do modelo, otimizando o sequenciamento da obra com base em lógica construtiva e disponibilidade de materiais.
Segundo a McKinsey (2017), a construção civil tem avançado em produtividade apenas 1% ao ano, contra 3,6% da indústria em geral. A raiz disso está na desconexão entre engenharia e obra — uma lacuna que BIM + AWP resolve ao alinhar projeto, suprimentos e execução em uma única plataforma de dados.
EXECUÇÃO E MONITORAMENTO: O CANTEIRO DIGITAL COMO NOVA REALIDADE
A fase de execução representa até 70% do tempo de um projeto de capital, segundo o IPA. Tradicionalmente dominada por processos manuais, ela é onde ocorrem os maiores desvios de prazo e orçamento.
A integração de tecnologias como OpenSpace e Matterport transforma esse cenário. A primeira automatiza a captura de imagens 360° do avanço da obra, utilizando inteligência artificial para vinculá-las aos cronogramas e modelos digitais. A segunda permite a criação de gêmeos digitais tridimensionais dos ambientes reais, facilitando inspeçõe remotas e controle de qualidade.
Essas soluções oferecem auditoria visual em tempo real, reduzem a necessidade de deslocamentos físicos até áreas remotas e elevam a confiabilidade dos relatórios de progresso, promovendo transparência operacional e resposta rápida a desvios.
OPERAÇÃO E ESG: DADOS QUE CONTINUAM GERANDO VALOR
Após a entrega, os dados produzidos durante o projeto podem alimentar sistemas de gestão de ativos e manutenção preditiva. A Esri, por exemplo, oferece dashboards operacionais baseados em localização, permitindo o acompanhamento do ciclo de vida de equipamentos, infraestrutura e áreas ambientais com
precisão espacial.
Essa abordagem orientada por dados fortalece o desempenho em ESG (ambiental, social e governança), agregando valor ao negócio. A Deloitte destaca que empresas que integram dados ESG aos seus sistemas de tomada de decisão apresentam maior resiliência, menor risco regulatório e melhor avaliação de mercado.
CONCLUSÃO: A NOVA MINERAÇÃO É DIGITAL, CONECTADA E ESTRATÉGICA
Ferramentas como Autodesk, Esri, Matterport e OpenSpace estão deixando de ser tecnologias auxiliares para se tornarem estruturantes. Elas atuam em conjunto para integrar dados, reduzir incertezas, promover
sustentabilidade e aumentar a eficiência operacional em todas as fases dos projetos minerários.
Nesse cenário, a PARS, com mais de 40 anos de experiência em tecnologia e software especializado, atua como hub de inovação e se destaca no setor de mineração ao oferecer soluções digitais que promovem eficiência e segurança em todas as etapas do processo minerário.
A nova mineração é aquela que conecta a engenharia à estratégia, o físico ao digital, e o presente à sustentabilidade futura — com dados como base para gerar valor duradouro.