Martin apresenta três sistemas voltados para aumentar a disponibilidade dos transportadores de correia

Martin apresenta três sistemas voltados para aumentar a disponibilidade dos transportadores de correia

Empresa americana fundada em 1944 e que está presente no Brasil há mais de 30 anos, com uma matriz em Campinas (SP) e uma unidade em Paraopebas (PA), a Martin apresentou, na 13ª edição do Workshop Opex, como tem atuado com inovações para aumentar a disponibilidade dos transportadores de correia de clientes.

Dentro do conceito de oferecer soluções ideais para o manuseio do material a granel (escrito no cartaz do stand), a Martin destacou duas tecnologias: o monitoramento remoto de equipamentos e a detecção de rasgo de correia.

“Há alguns anos trabalhamos forte na implementação dos conceitos da indústria 4.0 nos nossos equipamentos, para tirar as pessoas de campo e aumentar a segurança dos colaboradores. Em vez de eles terem de se expor ao risco das correias de transportadores em movimento, com toneladas de material sendo transportado. Não precisam ir mais até o local para inspecionar o equipamento enquanto estiver funcionando: com o uso do monitoramento remoto, comunica via rádio com o sistema de gateway, que comunica com um aplicativo. Em vez de ir pessoalmente conferir o equipamento, ele abre um aplicativo no celular e vê qual a vida útil, a previsibilidade de aplicação para visitar somente o equipamento que necessita intervenção – em vez de ir até o local para ver se precisa”, salientou Rafael Torres Junqueira, gerente regional de vendas.

A outra tecnologia apresentada pela Martin na 13ª edição do Workshop Opex foi a de detecção de rasgo de correia.

“Nosso sistema não se vincula ao fornecimento de uma correia específica. A detecção é feita por duas maneiras. Uma delas é por meio de vibração: quando a correia rasga e o material cai, atinge nosso equipamento, que detecta a vibração pela característica do material. Faz a detecção rápida do rasgo, sem falsos alardes, sem amarrar o cliente a um fornecedor específico de correia e sem partes móveis”, explicou Torres.

Uma das metodologias para detecção de rasgo é por triangulação de lasers e câmeras, chamadas de Radec Visão. Um sistema de visão acompanha a correia por cima e analisa o deslocamento da borda da correia, para identificar se houve rasgo com abertura, com sobreposição ou desalinhamento.  Outro, que acompanha pela parte de baixo da correia, tem o objetivo de socorrer um rasgo centralizado. Não analisa a borda da correia, mas a continuidade dela.

Assim como exemplificou Rafael Torres: “Aplicamos em um cimenteira em Minas Gerais os três tipos: um focado na visão da face, outro na visão contraface e cinco vibracionais na mesma correia aérea. Foi preciso uma redundância no processo de rasgo para detectar o mais rápido possível e minimizar a perda”.

E um terceiro sistema de visão apresentado, mas não menos importante na avaliação do representante da Martin, é o raspador EcoSafe. Equipamento que diminui o tempo de parada para a troca das lâminas e sem o uso de ferramentas.

“Em muitos é necessário o uso de uma marreta para tirar a lâmina anterior, porque ela fica enroscada na estrutura – entra material, muitos acabam virando lama quando chove ou deformam o equipamento. Com o nosso sistema, é possível fazer a troca com as mãos, de maneira segura e rápida, com redução de 2/3 do tempo: de meia hora para dez minutos”, detalhou o gerente regional de vendas.

O Martin Radec é uma inovação de uma empresa parceira de tecnologia e que está sendo comercializado há cerca de dois anos. O sistema de monitoramento remoto começou em 2020, quando foi feita toda a parte de homologação junto à Anatel. E o EcoSafe é mais recente, de 2021.

A Martin está no Brasil desde 1989. Atualmente, visa em tecnologia, principalmente, visando segurança e disponibilidade do equipamento. No caso do EcoSafe, conseguiram reduzir a parada de 30min para 10min em uma mineradora. No caso do monitoramento remoto, precisaram de 118 dias, com acurácia de 96,6%. Ou seja, o que o aplicativo apontava correspondia a quase 97% do que acontecia na vida real.

E no caso do identificador de rasgo, em julho do ano passado constataram um com 5cm. Em outubro, outro que comprometeu a correia.

“Em mais de um ano de operação, nessa aplicação específica, não tivemos nenhum caso de falso alarme – no mercado, muitos têm reclamação de gerar falso alarme. Nunca tivemos registro de falso alarme (quando ocorre com recorrência, perde-se a confiabilidade no equipamento) e o nosso não tem partes móveis (que com o tempo, com a poeira e umidade, podem gerar corrosão)”, finalizou Rafael Torres que, após a apresentação, teve a oportunidade de conversar com representantes de empresas que já são clientes, mas não conheciam a tecnologia apresentada no 13º Workshop Opex.