Após treinamento, os controladores na mina de Cajati alcançam resultados surpreendentes

Após treinamento, os controladores na mina de Cajati alcançam resultados surpreendentes

Com o objetivo de capacitar os controladores em melhores práticas operacionais referentes à utilização de sistemas de gerenciamento de frotas, a Mosaic Fertilizantes contratou uma consultoria externa com experiência na função e com histórico de benefícios operacionais a partir da capacitação de profissionais na mineração. E o resultado, de acordo com os gestores, foi o melhor possível. Tanto é que o projeto, que teve início em novembro de 2021, segue até hoje.

 De acordo com os autores do projeto “Sala de controle – o fator humano associado à gestão operacional da mina”, a Mosaic possui um programa de melhoria contínua nas operações e, após estudos preliminares, foi identificada uma oportunidade de melhoria referente aos profissionais (controladores de frota) que atuam na sala de controle da mina de Cajati.

A capacitação da equipe foi realizada no período entre 8 e 13 de novembro de 2021 e contou com a presença de 10 participantes. Durante a realização da atividade, os controladores de frota tiveram extensa interação e participação, contribuindo com discussões de alto nível técnico e troca de experiências. “As mudanças da gestão na sala de controle foram efetuados em conjunto com a operação de mina e com a equipe chamada de ‘estudos de mineração’. Envolveu muito mais do que a mudança de procedimento, mas uma mudança de cultura, de pensamento.

O processo ainda está em andamento, pois consiste em fazer evoluir os trabalhos no dia a dia, e estarmos mostrando para os nossos colaboradores a importância da tomada de decisão rápida e baseada em dados. É uma mudança do mindset – para uma coordenação mais analítica que a adotada anteriormente”, destaca Rogério Leonardo Oliveira, engenheiro de minas da Mosaic Fertilizantes, responsável por conduzir os projetos de otimização, aplicação e manutenção do sistema de gerenciamento de frota. “Estamos em constante evolução, foi só a pontinha do iceberg, o início de tudo. Trouxe resultados importantes e que vêm sendo incrementados mês a mês.

 Por isso o consideramos de grande importância para a mudança do mindset”, complementou. O responsável pela implementação do sistema foi Walter Schmidt Felsch Junior, também engenheiro de minas e que criou a WF Mining Analytcs – que, inclusive, estava em Cajati no início do mês de março para desenvolver novos trabalhos junto ao time da Mosaic. “Minha empresa criou o processo de treinamento, que foi executado pela equipe da Mosaic na mina.

 É mais do que software: é uma rotina operacional, uma mudança comportamental, com muitos dados sendo trafegados. E quando utilizamos os dados de maneira interligada, aprende-se mais sobre a operação, a rotina e onde se pode ganhar mais. Um projeto personalizado. Cada empresa, cada unidade operacional pode ter um gargalo, que possibilita melhorias. Fiz entrevistas – até mesmo remotas, durante a pandemia. O diagnóstico foi virtual, mas a capacitação foi presencial, no fim de 2021.

 É um trabalho cíclico, não tem fim. Além do benefício financeiro, o ganho foi na parte da comunicação que fluiu bem melhor, gestores tomando decisões com mais confiança, mais assertivas, com base nos resultados do projeto”, detalha Walter Schmidt. Ele conta que o trabalho de implementação do software durou um mês – desde treinamento, montagem do material e a capacitação presencial. E que todos se surpreenderam com a velocidade com que os resultados foram gerados: a comunicação começou a fluir mais, os gargalos foram identificados mais rapidamente e logo os aprendizados foram incorporados na rotina operacional. Como consequência, houve redução de custos, equipamentos passaram a ficar menos tempo parados e a rodar menos vazios – gastando menos diesel, contribuindo para a redução de emissão de carbono à atmosfera.

 “O mérito todo é da operação da mina de Cajati, da gestão da unidade, que vem patrocinando o trabalho com total afinco, nos dando todo o apoio necessário. Destacamos o mérito total dos operadores dos equipamentos, integrantes da sala de controle, dos os líderes e técnicos de turno, da equipe como um todo. É um trabalho que foi iniciado e que não tem fim. Trata-se de uma evolução constante, principalmente porque estamos tratando de mudar a cultura como um todo”, finaliza Rogério Oliveira, da Mosaic.