Samarco investirá R$1,2 bi e assina parceria com Vale

Samarco investirá R$1,2 bi e assina parceria com Vale

Um acordo fechado com a Vale permitirá à Samarco dar novo impulso à sua produção de minério de ferro, seis anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Com o acidente e a consequente paralisação da atividade em suas plantas, a Samarco mergulhou em grave crise seguida por processo de recuperação judicial, hoje avaliado em R$ 50 bilhões.

O acordo assinado com a Vale – que detém 50% de participação na Samarco em uma joint venture com a BHP – envolve trocas de áreas de reservas minerais, compromissos de compra e venda de minério e otimização do uso de estrutura pela mineradora. Em números, o acerto representará potencial de gerar receita líquida estimada em US$ 5,1 bilhões em 20 anos para a Samarco.

Com esse novo fôlego, a empresa espera antecipar de 2030 para 2028 o prazo para atingir 100% da sua capacidade produtiva, que é de 25,7 milhões t/ano. Desde o ano passado, a empresa opera com 26% da capacidade, o equivalente a 7,87 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério. Em 2022, a companhia prevê investir R$ 1,2 bilhão na retomada gradual das operações. O plano é chegar a 2026 produzindo 14 milhões t/ano. A longo prazo, até 2040, a Samarco espera aumento de 10,9 milhões t na produção de pelotas de minério de ferro.

Segundo as duas empresas, as áreas envolvidas no acordo estão localizadas na cava Alegria Sul e cava Alegria Norte da Samarco.

O jornal Valor publicou que também está prevista a aquisição pela Samarco de 32,5 milhões t de minério de ferro bruto da mina Fazendão, da Vale. O acordo está sujeito ao cumprimento de condições legais, incluindo a aprovação do juízo da recuperação judicial. Em seu plano de negócios para retomar o crescimento, a Samarco prevê investir neste ano R$ 1,2 bilhão em sustentação do negócio, retomada gradual das operações, infraestrutura geotécnica e projetos de descaracterização  da barragem e cava de Germano.