Jaguar Mining avança para recobertura da Barragem Turmalinae prepara fechamento de Moita até 2027

Jaguar Mining avança para recobertura da Barragem Turmalinae prepara fechamento de Moita até 2027

Com duas barragens de rejeitos a caminho do processo de descaracterização, a Jaguar Mining está avançando no fechamento das Barragens Turmalina, em Conceição do Pará, e Moita, em Caeté, ambas no Estado de Minas Gerais. Na primeira, para 2024, a mineradora prevê iniciar a fase de recobertura e construção de sistemas de drenagem interna ao reservatório, e estima a descaracterização total da estrutura nos próximos três anos. Já a segunda, em Caeté, a barragem ainda recebe rejeitos, mas já com 15% considerados secos, prevendo então seu fechamento de forma progressiva até 2027.

Em nota enviada à revista Minérios & Minerales, no caso da Barragem Turmalina, o gerente de Projetos de Crescimento e Engenharia da Jaguar Mining, Paul Cezanne Pinto, contou que as obras previstas para 2023 foram finalizadas, incluindo a construção da escada hidráulica e sistemas de drenagem ligados ao extravasor. De acordo com o gerente, a barragem encontra-se atualmente totalmente envelopada, sem receber rejeitos, e o material disposto não sofre acréscimo de chuva e aumento de umidade. “Na Turmalina foi construída uma escada hidráulica com estrutura de concreto armado e reforçado o colchão reno, que é uma estrutura usada para direcionamento e dissipação do fluxo de água pluvial.

As obras tiveram como objetivo conduzir o fluxo hidráulico e garantir a segurança, evitando erosões e danos ao solo pela água de chuva. Para construção da escada hidráulica e colchão reno foram necessárias escavações de talude natural e canal de drenagem para encaixe da estrutura de concreto e reno. Toda a área impactada foi regenerada”, detalhou Cezanne.

Nessas obras, realizadas ano passado, foram contabilizados 180 m³ de concreto, 1200 m² de colchão reno e um volume de 3.000 m³ de escavação. Os projetos de engenharia na Barragem Turmalina foram desenvolvidos pela empresa GHT e as obras executadas pela Tecnoplas, Emconbras e Estilo.

 Já na Barragem Moita, a Jaguar informou que a mesma ainda recebe rejeitos, porém, a disposição ocorre com material filtrado com umidade em torno de 15%, considerado seco. A disposição a seco possibilita a divisão dos trabalhos dentro da barragem em fases ou zonas de disposição, e essa foi a principal atividade em 2023. “Na Barragem de Moita foi executada a regularização do colchão de drenagem na fase 1 do reservatório, gerando área de disposição de rejeito filtrado.

 Para maior estabilidade foi utilizada uma geogrelha visando melhorar o suporte, a carga e a movimentação no reservatório. Foram realizados testes para dimensionaer os equipamentos e a compactação ideais para a operação do rejeito filtrado”, explicou o gerente. Nessas operações, foram utilizados na Barragem Moita, aproximadamente, o total de 4.000 m³ de brita para colchão drenante, 28.000 m² de geotêxtil e 56.000 m² de geogrelha.

Segundo a Jaguar, a Moita terá seu fechamento executado de forma progressiva. A capacidade da barragem, com os volumes atuais de produção de rejeitos a seco, ainda pode ser aproveitado até 2027. Os projetos nesta estrutura foram desenvolvidos pela empresa Tetra Tech e as obras estão sendo realizadas pela empresa Tecnoplas.