Exportações ao Canadá crescem 15% e têm na alumina calcinada seu principal destaque

De acordo com a Câmara de Comércio Brasil-Canadá, as exportações brasileiras ao Canadá cresceram 15% no acumulado de janeiro a setembro de 2021, atingindo US$ 3,4 bilhões (FOB). No mesmo período, as importações também aumentaram 10%, resultando em um saldo comercial positivo de US$ 1,82 bilhão para o Brasil — um crescimento de 21% em relação a 2020. A corrente de comércio entre os dois países (exportações + importações) teve alta de 13,5%.


Alumina calcinada lidera o ranking de exportações ao Canadá

O grande destaque das exportações brasileiras ao Canadá foi a alumina calcinada, que liderou o ranking geral com US$ 840,4 milhões exportados — um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2020. O produto representou 25% do total exportado ao país norte-americano.

Utilizada amplamente nas indústrias de fibras cerâmicas, refratários, automóveis e abrasivos, a alumina calcinada (óxido de alumínio) é obtida pelo processamento da bauxita, e é a principal matéria-prima para produção de alumínio. Tanto Brasil quanto Canadá estão entre os principais produtores globais desse insumo estratégico.


Exportações de ferro e aço também se destacam com crescimento de 122%

Outro destaque importante foi o crescimento expressivo no capítulo de ferro fundido, ferro e aço, que ocupou a terceira posição no ranking de exportações ao Canadá, com participação de 14% no total. O setor apresentou aumento de 122% nas exportações em relação ao ano anterior, somando US$ 480,4 milhões.

O produto que mais contribuiu dentro desse grupo foi o “semimanufaturado de ferro ou aço não ligado, de seção retangular e menos de 0,25% de carbono”, com crescimento de 127%, totalizando US$ 385 milhões — o que representa 11% das exportações brasileiras ao Canadá.


Comércio bilateral em expansão

Os dados refletem a forte recuperação e intensificação da relação comercial entre Brasil e Canadá, especialmente em setores estratégicos como mineração, siderurgia e metalurgia. O bom desempenho da alumina e do aço reafirma o papel do Brasil como fornecedor de matérias-primas industriais de alta relevância para o mercado canadense.

Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP): O novo marco da indústria de aço no Brasil

A Vale celebrou um marco importante na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), localizada na Região Metropolitana de Fortaleza (CE). Com um investimento de R$ 13,8 bilhões, a CSP, uma joint-venture entre a Vale e os acionistas coreanos Dongkuk e Posco, se destaca como um dos principais projetos de exportação de aço do país.


Exportação e Impacto Econômico

A CSP exporta suas placas de aço para uma ampla gama de mercados globais, incluindo países como Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, Reino Unido, Turquia e México.

Para 2017, a siderúrgica tem uma estimativa de exportar cerca de 2,9 milhões de toneladas de placas de aço, com um faturamento projetado de US$ 1,06 bilhão. Além do impacto no mercado internacional, a empresa prevê movimentar R$ 520 milhões na cadeia produtiva local, impulsionando a economia regional.

Esses números representam um novo e significativo marco para a indústria de aço brasileira, consolidando a CSP como um player global e um pilar de crescimento econômico para o Ceará e o Brasil.

Porto do Açu pode ter siderúrgica capaz de produzir 10 milhões de toneladas de aço por ano

RIO – Depois de vender parte da MMX para a mineradora anglo-sul-africana Anglo American por US$ 5,5 bilhões, o empresário Eike Batista negocia agora a instalação de uma siderúrgica no Porto do Açu, no litoral norte do Rio de Janeiro, para produção de até 10 milhões de toneladas anuais de aço. Sem revelar o nome do grupo siderúrgico com quem conversa, Batista revelou que a produção de aço na retroárea do porto não deve começar antes de 2012.

“O Açu fica de frente para uma região produtora de petróleo. Nós mesmos, com a OGX (subsidiária do grupo EBX que desembolsou R$ 1,479 bilhão e arrematou 21 blocos na Nona Rodada) temos uma área em frente ao porto. Seria um ótimo lugar para produção de chapas grossas para uso na indústria do petróleo”, ponderou Batista.

De acordo com o empresário, as empresas que vão se instalar na retroárea do Açu devem investir até R$ 30 bilhões. Além da siderúrgica, Batista não descarta a possibilidade de instalação de uma refinaria e de dutos para transporte de álcool.

De imediato está prevista a geração de energia a partir de termelétricas na região. A partir de 2011 serão gerados 2.100 MW por meio de térmicas a carvão. Serão três usinas, cada uma com capacidade de produzir 700 MW. “As licenças ambientais estão sendo discutidas com o estado. As usinas são limpas e usam tecnologia alemã de ponta”, defende Batista.

Para matéria-prima das termelétricas, o grupo empresarial negocia com o grupo AMCI um acordo para comprar carvão de Moçambique. Problemas com o custo do transporte no país africano levam a MMX a olhar também opções na Austrália e na Colômbia.

Batista frisa ainda que há a possibilidade de que outras térmicas, estas a gás, sejam construídas na retroárea do porto, até totalizar capacidade de geração de 6 mil MW.

O diretor-geral da MMX, Rodolfo Landim, ressalta que parte da energia produzida pelas térmicas no Açu poderá ser destinada para produtores instalados no próprio porto e parte para venda no mercado livre. “É capaz de não sobrar nada para o mercado cativo”, pondera Landim, referindo-se às distribuidoras de energia elétrica que atendem os clientes do mercado regulado.

China: produção de aço bruto sobe 13,5% em outubro

A produção de aço bruto na China cresceu 13,5% no mês passado na comparação com outubro de 2006, para 42,92 milhões de toneladas, informou o departamento nacional de estatísticas do país. No acumulado do ano, a produção atingiu 408,52 milhões de toneladas, superando em 18% o resultado apurado entre janeiro e outubro do ano passado. A produção de minério de ferro, por sua vez, evoluiu 14% em outubro no comparativo anual, para 59,84 milhões de toneladas. Diante do atual desempenho, no acumulado entre janeiro a outubro, a produção de minério do país registra um avanço de 22%, somando 566,83 milhões de toneladas.

CSN: produção de aço bruto sobe 10% no 3tri; vendas recordes até set

A produção de aço bruto da CSN cresceu 10% no terceiro trimestre do ano frente ao mesmo intervalo de 2006, somando 1,4 milhão de toneladas, enquanto as vendas de produtos de aço evoluíram 7% no intervalo para 1,3 milhão de toneladas. Em comparação com o segundo trimestre do ano, as vendas da empresa caíram 5% (incluindo os mercados interno e externo). As vendas no acumulado de janeiro a setembro deste ano atingiram recorde de 4 milhões de toneladas, com alta de 24% em comparação com o mesmo período de 2006. Segundo relatório divulgado pela empresa, os resultados foram impulsionados pelo avanço do mercado de aços planos no Brasil, que cresceu 18% no trimestre, com destaques para os setores automotivo, de bens de capital e utilidades domésticas. O segmento de construção civil evoluiu 11% de janeiro a setembro 2007, em comparação com igual período do ano passado. A distribuição, que atende a indústria de pequeno e médio porte, também apresentou bons resultados no trimestre, segundo a CSN. A empresa atingiu uma participação de 36% no mercado interno de aços planos no terceiro trimestre, em linha com o período imediatamente anterior.