Cobre no Brasil: veja quais são as maiores minas e empresas produtoras em 2025
O metal estratégico ganha força com a demanda global por eletrificação e energia limpa
O cobre consolidou-se como um dos metais mais estratégicos do mundo, impulsionado pela transição energética e pela crescente demanda de setores como energia solar, veículos elétricos e infraestrutura urbana. No Brasil, os dados mais recentes da Agência Nacional de Mineração (ANM – Produção Mineral 2024) mostram que a produção nacional segue concentrada em grandes operações no Pará e na Bahia, com destaque para a Vale e a Ero Copper (Caraíba Mineração).
As Maiores Minas de Cobre do Brasil (ROM 2024 – ANM)
Segundo o levantamento da ANM, as minas de Sossego e Salobo, ambas operadas pela Vale, continuam liderando a produção nacional de cobre. A Caraíba Mineração (Ero Copper), na Bahia, aparece logo em seguida, consolidando o Nordeste como segundo polo do metal no país.
| Posição | Mina | Empresa Operadora | Estado | % da Produção Nacional (ROM) |
|---|---|---|---|---|
| 1 | Salobo | Vale S.A. | Pará | 26,4% |
| 2 | Sossego | Vale S.A. | Pará | 24,7% |
| 3 | Caraíba (Surubim, Vermelhos e Pilar) | Ero Copper / Caraíba Mineração | BA | 18,9% |
| 4 | Antas North | Aura Minerals | PA | 7,3% |
| 5 | Luiz Eduardo Magalhães (MT) | Nexa Resources | MT | 5,2% |
| 6 | Boa Esperança (projeto) | Ero Copper | PA | 4,7% |
| 7 | Serra da Onça / Jaguar (projeto) | Ero Copper | BA | 3,6% |
| 8 | Cristalino | Vale S.A. | PA | 3,2% |
| 9 | Mina do Sossego Leste (expansão) | Vale S.A. | PA | 3,0% |
| 10 | Santa Maria | Nexa Resources | MT | 2,5% |
📊 Fonte: Agência Nacional de Mineração – Produção Mineral 2024 (Tabela de ROM – Cobre).
Expansão e novos investimentos
O Norte do Brasil continua como o principal eixo de crescimento da produção de cobre.
A Vale, líder nacional, está ampliando a capacidade do complexo Salobo, com novas linhas de beneficiamento e melhorias logísticas no escoamento via ferrovia e porto de São Luís (MA).
Na Bahia, a Ero Copper segue em expansão contínua com o projeto Boa Esperança, no Pará, e a operação Caraíba, em Curaçá, que completou 50 anos de produção em 2024. A empresa também investe em digitalização de lavras subterrâneas e no uso de energia solar para alimentar o complexo.
Já no Centro-Oeste, a Nexa Resources avança com operações em Mato Grosso, consolidando o estado como nova fronteira para projetos de médio porte em cobre, zinco e ouro associado.
Cobre e transição energética
Com o aumento da demanda global por eletrificação, o cobre é considerado um metal essencial da economia verde.
Relatórios do International Copper Association (ICA) estimam que o consumo mundial de cobre refinado deve crescer 28% até 2035, impulsionado por veículos elétricos, redes inteligentes e sistemas de energia renovável.
O Brasil, que já figura entre os dez maiores produtores do mundo, tende a se beneficiar da abundância geológica e da presença de operadores com grande capacidade de investimento.
Desafios e perspectivas
Apesar do potencial, o setor enfrenta desafios de logística, licenciamento e custos operacionais — especialmente em regiões de floresta e alta restrição ambiental.
Empresas têm respondido com investimentos em automação, IA e monitoramento em tempo real, além de programas de redução de emissões e reaproveitamento de rejeitos.
A projeção do IBRAM indica que o segmento de cobre deve receber cerca de R$ 35 bilhões em novos investimentos até 2027, consolidando o metal como um dos pilares da nova mineração brasileira.
Em 2025, o cobre reafirma sua importância como metal da eletrificação global, com o Brasil ocupando posição estratégica na cadeia de suprimentos.
As operações da Vale, Ero Copper e Aura Minerals são os principais motores de crescimento, e os novos projetos em desenvolvimento deverão fortalecer ainda mais a presença do país no mercado internacional.




