A fábrica da Votorantim Cimentos em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, é pioneira entre as unidades de argamassa da empresa a utilizar combustíveis renováveis no processo produtivo. A fábrica usa serragem de madeira em substituição ao óleo diesel que seria adicionado no forno de secagem industrial de areia. A areia seca é o principal insumo para produção da argamassa.
O aproveitamento de biomassas, matéria orgânica de origem vegetal, garante um percentual de substituição térmica de até 95% na fábrica. Os principais fornecedores da serragem de madeira são empresas do agronegócio e da indústria metalúrgica da região. Desde que a Votorantim Cimentos assumiu a gestão da unidade, em 2019, já foram consumidas quase 2 mil toneladas de resíduos como energia alternativa na produção de argamassa.
Hoje, a capacidade de produção da fábrica em Ananindeua supera as 200 mil toneladas por ano. A unidade produz, as argamassas colantes tipo para Cerâmica Interna (ACI), Cerâmica Externa (ACII e ACIII), Porcelanato Interno e Piso Sobre Piso com a marca Votomassa.
Segundo o gerente geral deArgamassa da Votorantim Cimentos, Carlos Vicente Flores Escalona, além de produzir com uma taxa de substituição muito próxima à meta de carbono neutro, a fábrica de Ananindeua ainda contribui para que outras empresas operem de forma sustentável dentro do conceito de economia circular.
“Todas as nossas iniciativas voltadas à ecoeficiência são embasadas em análises e estudos que cumprem rigorosamente a legislação em vigor. Isso proporciona segurança às empresas para firmar parceria conosco e destinar seus resíduos de forma legal e ambientalmente correta. Assim, agregamos valor a toda uma cadeia produtiva”, afirma Flores.
Com essa iniciativa em argamassa, a Votorantim Cimentos amplia uso de biocombustíveis na sua produção no Estado do Pará. A companhia também utiliza caroço de açaí na fabricação de cimento em sua fábrica de Primavera, localizada na região nordeste paraense.
Antes passivos ambientais, os resíduos tornaram-se fontes de energia nos fornos de cimento, substituindo parte do coque de petróleo, importado do Golfo do México.
Em 2020, a perspectiva é consumir 150 mil toneladas de caroço do açaí nos fornos de cimento da fábrica de Primavera.