Com objetivo de melhorar a performance operacional e reduzir as perdas de seus clientes, a Lantex do Brasil está investindo cada vez mais em soluções diferenciadas de telas para o processamento de material fino nas minas, como pedras miúdas e areias de brita. Atualmente, os agregados com esse perfil correspondem a 40% da demanda de consumo no mercado da construção, o que tem feito as mineradoras adequarem o processo de peneiramento com o uso de telas apropriadas, capazes de classificar o material fino sem grandes perdas.
A grande dificuldade para as empresas produzirem o material fino tem sido adequar a areia de brita, conhecida também como ‘areia artificial’, à normatização estabelecida”, elucida Vitor Diniz, gerente de assistência técnica da Lantex. Devido a esse material apresentar peculiaridades que na grande maioria das vezes são desfavoráveis quando tratamos de concreto, eles acabam não sendo utilizados ou são destinados a aplicações marginais.
A empresa cita especialmente a solução desenvolvida para a Territorial São Paulo Mineração, que optou por aumentar e eficiência de remoção dos passantes do pedrisco, material também conhecido como brita 0.
A mineradora utilizava uma tela metálica com grande área livre, em uma peneira modular de grande capacidade de processamento de material. Com o passar do tempo, devido ao arqueamento e à rigidez da tela metálica, o material foi se concentrando em apenas uma área do equipamento. O problema se agravava com a alta aderência do material fino e a rigidez da tela metálica, que entupia a abertura das malhas, resultando num peneiramento ineficiente.
“Após estudarmos cuidadosamente o caso, realizamos a substituição por telas em borracha Superflex, que na teoria possuem menor área aberta do que as telas metálicas”, conta Vitor Diniz. De acordo com ele, a tela substituta proporcionou uma melhor distribuição do material sobre o deck, que associada à alta resiliência da borracha especial, solucionou o problema de obstrução das malhas e resultou em uma maior eficiência de remoção dos passantes. Na prática, a pedreira conseguiu produzir um pedrisco de qualidade premium e aumentar a quantidade de pó de pedra produzido.
Pontos críticos
Vitor considera dois fatores preponderantes que ocorrem quando o material fino é classificado a seco. “O primeiro é que a coesão entre as partículas tende a reter fino no material grosso. Essa coesão aumenta quando há excesso de umidade, fazendo as partículas menores aderirem às maiores e tornando o peneiramento pouco eficiente”, explica.
Outro ponto é que a aderência das partículas à tela acaba sendo uma dificuldade que não pode ser antecipada na teoria. “Geralmente, essa aderência resulta no cegamento de malhas e reduz significativamente a quantidade de undersize (material passante), o que prejudica a qualidade do oversize (material retido)”, avalia Vitor.