Brazilian Nickel recebe US$ 30 mi da DFC dos EUA

No dia 15 de novembro de 2022, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que a agência federal americana US Development Finance Corporation (DFC) vai investir R$ 160 milhões (US$ 30 milhões) em um projeto de exploração de cobalto e níquel no Brasil. O governo dos EUA vai repassar os recursos para a empresa de mineração TechMet para a instalação de uma planta de transformação de cobalto e níquel– metais essenciais para a fabricação de baterias, de veículos elétricos, de painéis solares e de turbinas eólicas.

Esse financiamento é parte da estratégia do governo americano para reduzir a dependência das cadeias de suprimentos da China—dentro do cenário atual em que persistem os focos de Covid nesse país e não há sinais de recuo na invasão da Ucrânia. A TechMet é uma empresa britânica privada que está construindo projetos para garantir o fornecimento dos principais metais críticos para o crescimento futuro dos veículos elétricos, armazenamento de energia e energia renovável. A empresa atualmente detém participações em ativos de produção e desenvolvimento na África, América do Norte e América do Sul.

No Brasil, a empresa mantém, no Piauí, um projeto em estágio avançado, aplicando tecnologia proprietária de lixiviação em pilha para tratar minérios lateríticos para obter produtos de níquel e cobalto Classe 1, destinados ao mercado de baterias de íon-lítio.

A Mina do Piauí é uma operação de baixo custo que produz hidróxidos de níquel e cobalto para baterias. A primeira produção comercial de níquel foi alcançada em meados de 2022. Segundo a empresa, uma expansão significativa ocorrerá em 2023 com o instalação de uma planta de maior escala para aumentar a produção até uma meta de 25 mil t/ano de níquel até 2025.

Para tanto, está em busca de investidores e os R$ 160 milhões da agencia americana DFC destinados para o projeto vieram em boa hora. O balanço do 3º trimestre mostrou que as operações estão superando as expectativas, com a mina produzindo teores de níquel acima do planejado. Mais de 300.000 toneladas úmidas de minério foram escavadas desde o início das operações. O minério enviado para as pilhas de lixiviação aumentou mês a mês no trimestre, atingindo 11.000 toneladas ao mês em setembro.

Mike Oxley, CEO, disse: “Após o último trimestre em que, como Companhia, atingimos o marco significativo de produção, foi um período de entrega consistente e ramp-up de nossas operações. A produção de níquel de alta qualidade, baixo custo e baixa intensidade de carbono colocou o projeto em uma posição invejável para começar a fornecer um material essencial para apoiar a transição global para uma economia verde¨.

 A ESTRATÉGIA DE BIDEN

 A iniciativa “Parceria para Infraestrutura e Investimento Global” (PGII, na sigla em inglês), liderada pelo G7 e que reúne as maiores economias industrializadas, busca ser uma resposta ao megaprojeto de infraestrutura chinês conhecido como Nova Rota da Seda.

Biden anunciou investimentos semelhantes para outros países também, em um evento na cúpula do G20 na ilha indonésia de Bali, juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente indonésio, Joko Widodo. Índia, Honduras e Indonésia terão recursos para projetos similares.

 O plano americano é bem mais complexo e passa também pelo Congresso do país. No dia 7 de dezembro de 2022, os senadores americanos Mitt Romney e Dan Sullivan apresentaram um projeto de lei que visa a garantir que o Departamento de Defesa dos EUA possa reduzir a dependência da China para minerais críticos, aumentando o financiamento para operações de mineração nos Estados Unidos e países aliados.

Segundo os senadores, o objetivo da lei é alcançar a independência crítica da cadeia de suprimentos de minerais por parte do Pentágono até 2027.

Alcoa amplia investimentos em nova planta de filtragem em Poços de Caldas

Na reta final da execução da sua nova planta de beneficiamento de bauxita em Poços de Caldas (MG), a Alcoa informou que os investimentos no projeto foram ampliados em mais R$ 20 milhões, totalizando R$ 330 milhões.

O empreendimento vai mudar a forma com que a unidade lida com os rejeitos em suas operações. A empresa está concluindo a instalação de um novo sistema de filtragem, na qual um filtro-prensa de fabricação italiana passará a tratar os resíduos originados na refinaria, transformando-os em tortas secas que serão estocadas em área própria pelo método de empilhamento a seco.

Tradicionalmente, o resíduo de bauxita é enviado para áreas de secagem como lama e, em seguida, seca ao sol. Com a filtragem, a umidade do bolo será removida, com praticamente toda a água sendo reaproveitada no processo produtivo. E a estabilidade geotécnica das áreas de operação é melhorada.

A empresa trouxe para Minas Gerais a tecnologia já adotada em duas refinarias de bauxita do grupo na Austrália, que tem a meta de reduzir os índices globais de resíduos de por tonelada métrica de alumina produzida em 15% até 2030, a partir de uma linha de base de 2015.

“A implantação dos filtros-prensa na planta de Poços de Caldas faz parte dos mais de R$ 800 milhões que estão sendo investidos pela Alcoa no Brasil, que contemplou também a retomada da produção de alumínio na Alumar, em São Luís (MA), reiniciada no final de abril, tornando o nosso país novamente autossuficiente em metal primário”, afirma Otavio Carvalheira, VP de Operações Brasil, San Ciprian, Oriente Médio e África e presidente da Alcoa Brasil.

As obras em Poços de Caldas começaram em agosto de 2021 e contemplam a instalação de três filtros. Em julho, foi concluído o comissionamento das Utilidades do Filtro 3, com os testes de operação previstos para agosto.

A empresa informou que o comissionamento das Utilidades do Filtro 2 também já está completo, e o encerramento estava previsto para 30 de agosto, com início dos testes de operação com resíduo. Já o primeiro filtro tem término do comissionamento previsto para 28 de setembro, com início dos testes de operação com resíduo em 29 de setembro. Durante o mês de outubro serão realizados os testes finais com os 3 filtros em funcionamento, com inauguração em novembro de 2022.

“Estes investimentos marcam uma nova era de sustentabilidade da companhia, na disposição de resíduos de bauxita e na produção de alumínio com energia limpa”, completou Carvalheira. O foco principal da Alcoa, neste momento, está na filtragem de rejeitos e nas novas áreas de disposição de resíduo a seco, além de investir na descaracterização e na reabilitação das áreas que foram usadas para disposição de resíduo úmido.

A planta em Poços de Caldas é a única, em todo sistema Alcoa Global, com uma fábrica de pó de alumínio. Opera uma produção próxima a 12 mil toneladas/ano, de pós grosso, fino e super-fino, para o mercado doméstico e também voltada para o internacional. Até 2014, no local, funcionava uma fundição que foi fechada devido ao elevado custo produtivo. Atualmente, as operações em Minas Gerais abrangem mineração, refinaria, químicos, refusão e fábrica de pó de alumínio.

“É um desafio formidável fazer essa transição de tecnologia – quando sai da produção de resíduo úmido para resíduo seco. Contamos com suporte de empresas parceiras e de engenharia. Também é importante destacar a participação dos nossos centros de excelência e de outras áreas técnicas da Alcoa, que deram suporte ao desenho de como se dará, daqui por diante, nossa forma de operação, o nosso trabalho”, disse Fábio Martins, gerente-geral de operações da Alcoa Poços de Caldas, ao portal da revista Minérios e Minerales.

Os desafios, destacou Fábio Martins, não foram só de engenha[1]ria, mas também na área de segurança. Para esse projeto foram contratadas mais de 15 empresas e cerca de 450 trabalhadores terceirizados. Além de manter a planta em plena carga de produção, a Alcoa se preocupou também com a segurança dos funcionários – diretos e indiretos. Outra preocupação foi a de evitar riscos ambientais.

“Como líder da planta, tenho orgulho de dizer que completamos 60 mil horas sem nenhum funcionário afastado neste projeto. A cultura Al[1]coa em segurança avança, e conseguimos que as empresas contratadas, os nossos parceiros, executassem uma obra dessa complexidade tendo a segurança como métrica número 1 na entrega do projeto”, apontou Martins, destacando que o empreendimento está “totalmente dentro do cronograma”, tanto da entrega física da planta, quanto do orçamento.

ALCOA EM POÇOS DE CALDAS

A multinacional americana Alcoa está no Brasil há 57 anos. A fábrica de pó de alumínio completou 40 anos no mês passado. Em 2000, passou por um processo de modernização e é uma das únicas no mundo que utilizam um sistema vertical – câmara de atomização.

Na operação da planta em Poços de Caldas, há 400 funcionários envolvidos diretamente na produção, e cerca de 200 administrativos, que fornecem serviços para outras unidades. Além de gerar empregos, a unidade está sempre buscando desenvolver os parceiros locais.

“Poços de Caldas é uma planta extremamente importante para todo sistema, tanto para o sistema regional, quanto para o global da Alcoa. Pelo tamanho, acabamos desenvolvendo as tecnologias que até futuramente poderão ser usadas para outras plantas, como também profissionais que saíram de Poços de Caldas e hoje estão em outras unidades da Alcoa pelo mundo”, informa Fábio Martins.

O gerente-geral de operações da Alcoa Poços de Caldas ressaltou, ainda, a importância da planta para a cidade, por ter sido a primeira grande indústria da região. “Não é possível desassociar o desenvolvimento de Poços de Caldas da Alcoa, desde toda a geração de empregos, infraestrutura que trouxemos para a cidade e o trabalho social que a Alcoa faz, não só diretamente na área que atuamos, mas em outros municípios, como Caldas, Divinolândia, Andradas e outros”, finalizou.

No Brasil, a Alcoa possui três unidades produtivas, em Poços de Caldas (MG), São Luís (MA) e Juruti (PA), além de participação acionária em quatro usinas hidrelétricas: Machadinho, Barra Grande, Serra do Facão e Estreito. Em Poços de Caldas, além da Fábrica de Pó de Alumínio, a Alcoa tem operações de mineração, químicos e refusão.

Bemisa quer concluir Ramal Suape da Transnordestina com R$ 5,7 bi em investimento

O Grupo Bemisa formalizou nesta quinta-feira (2/9), junto ao Ministério da Infraestrutura, seu interesse em viabilizar a conclusão do Ramal Suape da Ferrovia Transnordestina. A empresa pretende instalar um terminal de minério de ferro na Ilha de Cocaia, em Suape, e escoar, via Transnordestina, a produção de suas jazidas localizadas no Piauí. As tratativas com o Grupo Bemisa vinham sendo feitas com o Governo de Pernambuco desde 2019 para concluir o trecho estadual da ferrovia, cujas obras foram iniciadas em 2006.

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CSN anuncia investimento de R$ 1,3 bi em 2015

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou que irá realizar um investimento total de R$ 1,3 bilhão em 2015. Deste montante, R$ 710 milhões serão destinados para a área de mineração, cujas reservas elevaram de 1,63 bilhão t, em 2007, para 3,02 bilhões t em 2014. Segundo Daniel dos Santos, diretor de Mineração da CSN, a companhia pretende exportar em torno de 28 milhões t de minério de ferro este ano pelo terminal em Itaguaí (RJ).

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