Com reservas certificadas em mais de 3 bilhões de t, a CSN Mineração (CMIN) tem planos de se tornar líder global em minério de ferro premium até 2032. Para alcançar a meta, a companhia pretende investir R$ 12 bilhões a partir do próximo ano.
As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico nesta segunda-feira 28, segundo o qual o foco, neste momento, está centrado nos próximos cinco anos. Grande parte dos equipamentos para esta fase do plano já está encomendada.
A primeira ampliação na oferta de minério de ferro ocorreria já em 2023. Em entrevista ao Valor, Pedro Oliva, diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores, explicou que parte do funding para os aportes nas obras e instalações já está encaminhada. De acordo com ele, a empresa pretende recorrer a captações no mercado financeiro.
O grande salto, segundo a CMIN, se dará em 2024, com o acréscimo de 23 milhões de toneladas de minério pellet-feed, de alto teor de ferro — 67% . Os equipamentos para as plantas de beneficiamento P-15 e P-4 já estão adquiridos.
A empresa detém as minas de Casa de Pedra e do Engenho. A primeira fase da expansão está prevista para ser concluída em 2026, quando a CMIN adicionará mais 5 milhões e 2,5 milhões de toneladas nas duas minas, respectivamente.
“Vamos ter um mix de produto mais rico em teor. Vamos sair dos 62% atuais e passar para 67%, visando alcançar a liderança entre os players globais com um produto premium em 2032, quando a CMIN será a quinta maior do setor”, disse ao Valor Pedro Oliva, diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores.
A empresa considera superada a questão dos rejeitos, após ter investido R$ 400 milhões em sistemas de filtragem para empilhar a seco os resíduos. Aliás, é dos rejeitos que virá parte do aumento da produção. Na mina Casa de Pedra, em Minas Gerais, estima-se que existam 140 milhões de toneladas de rejeitos acumulados durante décadas, grande parte com alto teor de ferro. De acordo com a companhia, a previsão é reprocessar 3 milhões de t em 2023 até chegar a 8 milhões de t em 2027.