Artigo por Antônio Neves, Engenheiro de Minas e jurado do Prêmio de Excelência 2025
Você já parou para pensar que carros elétricos, turbinas eólicas, semicondutores e até sistemas de defesa dependem de um pequeno grupo de minerais, concentrados em pouquíssimos países?
Chamados de minerais críticos, eles são a espinha dorsal da transição energética e digital. E o que está em jogo não é apenas economia — é geopolítica e soberania tecnológica.
O jogo global hoje:
* China domina 60% da produção e 88% do refino de terras raras.
* EUA, UE e Japão correm para diversificar fontes, mas ainda dependem da China.
* Índia lançou em 2025 sua National Critical Minerals Mission.
* Brasil tem reservas estratégicas: 94% do nióbio, 22% do grafite e 16,7% das terras raras.
Desafios brasileiros:
* Gargalos no licenciamento ambiental.
* Ausência de capacidade de refino local.
* Depósitos de monazita com tório radioativo, exigindo soluções tecnológicas e regulação específica.
A oportunidade:
O Brasil pode deixar de ser apenas exportador e se tornar ator estratégico no xadrez global, investindo em:
* Refino e agregação de valor;
* Inovação verde (reciclagem e bioextração);
* Parcerias internacionais estratégicas.
A questão não é se o Brasil tem potencial, mas quando e como vai transformar abundância geológica em poder industrial e tecnológico.
Para se aprofundar, acesse o artigo completo aqui: https://lnkd.in/dt5p_Ryn
Imagem de apoio: Benchmark Mineral Intelligence / Visual Capitalist (2023).





