Antes restrita a máquinas, a tecnologia de gestão monitora agora a frota toda

A tecnologia amadureceu, integra módulos e passa a gerar informações abrangentese precisas do conjunto de máquinas da frota, auxiliando mineradoras na busca por maior produtividade e menor custo

Joseph Young e Augusto Diniz – Las Vegas (EUA)

A Conexpo 2014, evento internacional de equipamentos e máquinas para o setor da construção , e mineração, incluindo produção de agregados, realizada no início de março em Las Vegas, Estados Unidos, foi marcada pelo otimismo com o reaquecimento da economia norte-americana e a oferta de equipamentos atendendo a norma de emissão de poluentes Tier IV de motores diesel, aplicável aos EUA e outros países industrializados (ainda sem data de ser adotada no Brasil). O evento também mostrou pela primeira vez a tecnologia integrada voltada ao levantamento de dados e gestão de frotas de máquinas e caminhões, visando a obter produtividade crescente e redução de custos nas suas operações.

As duas gigantes norte-americanas da indústria de máquinas apresentaram soluções sofisticadas na área. ACaterpillarlevou à Conexpo seu programa Cat Connect. A tecnologia oferece ao proprietário de frotas monitoramento, controle e gestão das operações dos seus equipamentos. A eletrônica embarcada em máquinas é capaz de gerar informações e dados sobre performances nos trabalhos no canteiro, possibilitando encontrar a combinação adequada para o uso da frota, na medida em que variam as condições de cada etapa do projeto.

A Caterpillar levou à Conexpo o Cat Connect, programa que integra informações de frota

Solução de gestão de equipamentos, ligada ao programa da Caterpillar, monitora combustível e utilização da máquina, além de manutenção e condições dela a partir das horas trabalhadas. Já a produtividade é medida nos ciclos de trabalho, acompanhando gastos com combustível e consumo. Uma solução de segurança detecta no equipamento condições anormais e riscos durante a operação, gerando valiosos dados para treinamento de operadores.

Em evento à imprensa antecedendo a Conexpo, realizado no seu centro de treinamento em Tinaja Hills, no Arizona, Estados Unidos, a Caterpillar promoveu uma apresentação de Timmy Hall, proprietário da Timmy Hall Timber and Construction, sobre o uso da tecnologia em sua frota de máquinas rodoviárias.

De acordo com ele, nos últimos dois anos, seu faturamento dobrou (de US$ 20 milhões para US$ 40 milhões), parte importante conquistada com a realização de atividades com menor custo baseado no controle maior da utilização da frota. “Quando eu ganho uma concorrência, meus concorrentes sempre me questionam como eu posso fazer o serviço por esse valor”, disse Timmy. O empreiteiro combinou a tecnologia de monitoramento de frotas a equipamentos híbridos, que costumam apresentar média de 25% de economia de combustível quando em operação.

A outra gigante norte-americana da indústria da construção, aJohn Deere, levou à Conexpo 2014 a tecnologia WorkSight em versão atualizada. O pacote envolve solução que monitora o desempenho e a manutenção, e outra que realiza diagnóstico das condições das máquinas.

A última versão do Worksight da John Deere possibilita identificar oportunidades de melhorias de operação

Na tecnologia WorkSight, módulos analisam a capacidade em horas de uso de máquinas, além de identificar oportunidades de melhorias aos operadores. Pacotes mais avançados promovem ainda acordos de manutenção, além de desempenho atrelado a índices de disponibilidade de equipamentos.

“Todo contratante tem diferentes necessidades e desafios que eles precisam cuidar”, explica Mark Germain, diretor de suporte de clientes e produtos da empresa. “Além de nossa tecnologia exclusiva, distribuidores da John Deere podem construir soluções customizadas para atender as necessidades de seus clientes”.

Nos Estados Unidos, a empresa oferece aquisição de máquinas por meio de financiamento já com o pacote da tecnologia WorkSight embutido.

Soluções aplicadasa frotas de máquinas

A Trimble e a Topcom, duas empresas desenvolvedoras de tecnologia GPS de posicionamento por satélite, estiveram na Conexpo com cases e soluções específicas. Trata-se de mais um tipo deplayerque cresce no mercado: o de tecnologia aplicada a máquinas de construção em operação em canteiro de obras, utilizando dados georreferenciados contidos em projetos transmitidos de forma eletrônica viawireless.

A construtora Seymour Whyte realizou na Austrália a reconstrução de 107 km de estrada, sendo que 68 km passaram por processo de alargamento. Um sistema daTrimblefoi introduzido pela empresa no canteiro de obras.

No total, foram instalados 14 sistemas de controle de máquinas. A construtora explica que a área de trabalho é plana, com pouca movimentação de terra, e as operações se concentraram na precisão dos serviços de terraplenagem. A solução foi adotada para gerar medições mais apuradas e rápidas no processo. A equipe usou rádios de comunicação e GPS para informar e executar as correções.

O Trimble GC900 Grade Control System também foi implementado e monitorou com precisão a posição das motoniveladoras em tempo real. Os projetistas da Seymour Whyte criaram modelos digitais do terreno a ser submetido à terraplenagem. O sistema de controle de máquinas usou GPS para comparar a posição das motoniveladoras e a planta 3D. Sinais eram enviados ao operador para abaixar ou subir a lâmina automaticamente para, assim, alcançar as medidas em espessura, largura e extensão determinadas em projeto.

As obras duraram no total 18 meses, mas a construtora acredita que poderia ter levado o dobro do tempo se não tivessem utilizado a tecnologia de controle de máquinas via GPS.

Já a empresa do Havaí Jas. W. Glover adquiriu a tecnologia Trimble 3D para começar o trabalho de reconstrução do aeropo
rto
de Honolulu, capital do estado norte-americano, que terá uma nova pista. A tecnologia foi escolhida pela empresa para executar o projeto dentro do cronograma.

A Federal AviationAdministration (FAA) e o Hawaii DepartmentofTransportation (DOT) especificaram que cada seção da pista não levasse mais de 15 dias para ficar pronta, com penalidades severas em caso de atraso – a multa por dia de atraso era de US$ 240 mil. O aeroporto deveria manter a operação normal, apesar das intervenções.

Soluções para máquinas de fresagem e pavimentação foram implementadas adicionalmente pela construtora, visando monitorar a totalidade das operações. A tecnologia permitiu concluir cada seção no período determinado pelo contrato.

Com uso de tecnologia, a empresa assentou 5 mil t de asfalto em 12 horas de turno – nos trabalhos anteriores, a média da empresa nesse tipo de serviço era de 2 mil t por turno de 12 horas.

Dados armazenadosna “nuvem”

ATopcomapresentou na Conexpo as soluções Sitelink3D e Magnet para gestão do fluxo de trabalho de construção, incluindo dados de canteiros de obras, operadores e das frotas. As soluções permitem comunicação, compartilhamento de dados, programação, atualizações, suporte e avaliação de produtividade, em tempo real.

As informações podem ficar armazenas nocloudcomputing(computação em nuvem; sistema infinito de armazenamento de dados) e ser acessadas no campo e/ou no escritório.

A Topcom oferece geração de dados em 3D para eliminar redundância

Há ainda solução específica da Topcom para acompanhamento de obras de movimentação de terra, gerando informações em 3D, eliminando redundância de trabalho e fazendo correções de projeto de terraplenagem em tempo real. A empresa ainda ofereceu na Conexpo soluções no formato BIM de projetos de construção.

Escavadeira híbridae caminhões articulados

ACaterpillarlançou na Conexpo a escavadeira hidráulica híbrida 336F. O novo modelo permite redução de consumo médio de 25% em relação à versão anterior. A marca apresentou ainda uma nova série de pás-carregadeiras sobre rodas, representadas pelos modelos 972M e 982M, com avançada tecnologia XE de trens de força para melhoria da produtividade. Vários modelos de carregadeiras compactas sobre rodas e esteiras foram expostas na feira completamente modernizadas, com braços redesenhados para ampliar a visão do operador.

A marca, sediada em Peoria, Illinois, lançou ainda a série C de caminhões articulados com projeto novo; e os tratores de esteira série 620K com desempenho aperfeiçoado.

A escavadeira hidráulica 336F H, da Caterpillar

Motoniveladoras com tração nas seis rodas

AJohn Deerelevou três modelos (642k, 644k e 724k) de pás-carregadeiras Tier4 à Conexpo. As máquinas apresentam melhorias nos eixos e no torque para possibilitar operações de enchimento e carregamento de materiais com alto desempenho. A empresa apresentou ainda quatro modelos de carregadeiras compactas (318E, 319E, 320E e 323E). Os equipamentos são oferecidos com três opções de controle de operação.

A série G de motoniveladoras, de 220 HP a 287 HP, Tier4, possuem agora 12 modelos, seis deles dotados de tração em seis rodas, com aumento de 30% no empuxo da lâmina.

A carregadeira 724K, da John Deere

Retomada do mercadode construção vai aquecero setor de mineração

As marcas globais com atuação no Brasil expressaram à revistaO Empreiteirootimismo com as obras nas rodovias e aeroportos recém-concessionados e os futuros programas de concessões. A previsão é que, pelo menos, R$ 40 bilhões sejam injetados nos próximos anos para que as concessionárias cumpram as metas definidas nos editais dos leilões. Isso trará reflexos positivos à indústria da mineração, que produz os insumos utilizados nas atividades de construção, como brita, areia, argila, calcário para produção de cimento, além dos minerais metálicos que dão origem a uma vasta gama de produtos para construção, como vergalhões, cabos condutores de cobre, artefatos de alumínio, etc;

A escavadeira CX350D, da Case

A CNH Industrial, presidida por Mario Gaspari, e a marca Case, dirigida na América Latina por Roque Reis, disseram que o grupo está pronto para esta fase do mercado, em que os contratantes privados de obras, as concessionárias de rodovias e aeroportos e os outros agentes da área de infraestrutura terão atuação mais intensa. “Eles priorizam produção, prazos e qualidade, o que cria uma nova dinâmica no mercado”, conta Roque Reis.

A fábrica de Contagem (MG) da CNH está se aproximando do seu limite de capacidade na montagem de equipamentos, com a linha de motoniveladoras trabalhando em três turnos. Isso faz acelerar os estudos da segunda fábrica de equipamentos de construção em Montes Claros (MG).

O executivo apontou na Conexpo a tradição do grupo pelas inovações tecnológicas que privilegiam os resultados práticos, como a tecnologia anti-emissões SCR, desenvolvida pela empresa FTP e extensamente testada nos caminhões rodoviários da Iveco. A tecnologia agora migra para as máquinas de construção, como a série D de escavadeiras com motor Tier4 final, disponível em 2015 na América do Norte. O modelo CX350D, de 268 HP, vem equipada com bomba hidráulica controlada pelo sistema eletrônico, consome 10% a menos de diesel e sustenta ciclos 8% mais curtos.

A nova série dedozersda Case se compõe de cinco modelos com tração hidrostática, sendo a primeira do mercado a ter tecnologia antiemissão SCR. A economia de combustível
pode
chegar a 18%, dependendo da aplicação. O nível de ruído médio é de 75 dB. A série F das carregadeiras 821 e 921 com motor Tier4 com SCR também se destacam pelo consumo mais baixo de diesel e ciclos rápidos.

“As concessões abrirão o mercado de infraestrutura, proporcionando padrão de qualidade. São investimentos da área privada”, analisa Afrânio Chueire, presidente daVolvoConstruction Equipment da América Latina. “Nas novas concessões, a introdução de métodos construtivos inovadores será facilitada”. Na esteira das obras no segmento rodoviário, a empresa anunciou que lançará em abril quatro modelos de compactadores e vibroacabadoras.

Na Conexpo, a marca sueca apresentou nova geração E de escavadeiras, a série G de caminhões articulados e a série H de carregadeiras sobre rodas — todas equipadas com motor Tier4 final. O destaque é da carregadeira L250H, a primeira do mercado a trabalhar com ciclo de duas passadas. Afranio aponta que esses linhas de equipamentos tem ampla aplicação em mineração, desde pedreiras até minas de grande porte—segmento onde a Volvo tem ampliado sua atuação.

A XCMG oferece perfuratrizes direcionais no Brasil

Rubens Azevedo, diretor daXCMGno Brasil, ao lado do presidente da marca chinesa no País, Sam Shang, anunciou para maio a inauguração da sua fábrica em Pouso Alegre (MG). Na unidade a empresa produzirá, inicialmente, carregadeiras, motoniveladoras, escavadeiras, retroescavadeiras e guindastes.

A XCMG está diversificando a oferta de produtos no País para crescer. “Estamos atuando com perfuratrizes direcionais não-destrutivas e plataformas aéreas de construção industrial”, relaciona Rubens. “O ano de 2015 em diante será positivo. O mercado brasileiro é muito promissor”, afirma Sam. Os chineses prometem mais US$ 300 milhões de novos investimentos no Brasil.

AJCB, que no Brasil apresentou crescimento no ano passado de 4% (apesar da retração na América Latina, de acordo com a empresa inglesa), lançou na Conexpo um modelo de manipulador telescópico compacto, o 525-60 Hi-Viz. A altura máxima de alcance do equipamento é de 6 m, com somente 1,78 m de largura e 1,90 m de altura.

A empresa mostrou ainda na Conexpo a nova escavadeira JS145. A máquina é composta de motor a diesel Ecomax da marca, com 108 CV de potência. Foi anunciado na feira pela empresa o lançamento mundial, em breve, de uma outra linha de retroescavadeiras, com melhorias em relação às populares 3CX e 4CX.

Na sua fabrica brasileira, a JCB programa este ano a nacionalização da carregadeira 426ZX , de 152 HP, caçamba de 2,3 m3 e peso operacional de pouco mais de 13 mil kg—modelo hoje importado e reconhecido pelo baixo consumo e alta produtividade. Um dos seus usuários é a Extração de Areia Fundao, no Paraná, que conta com sete maquinas JCB trabalhando nas minas de Campo Alegre(SC) e Pién(PR), entre escavadeiras JS130, JS200 e carregadeiras 416HT e 426ZX.

Na Conexpo, aLiebherrexpôs a escavadeira hidráulica R924 com protetores em áreas de possível impacto quando em operação. A marca alemã divulgou ainda a nova geração de carregadeiras sobre rodas, as L 524, L 528, L 538 e L 542. A potência dos motores varia de 90 kW a 115 kW.

No Brasil, a escavadeira R9250, de 250 t, e o caminhão de mineração T282C, com 363 t de carga útil, são as maquinas mais vendidas na atividade mineral, alem das escavadeiras de 40 a 90 t, destinados a trabalhos de construção e de apoio. No decorrer de 2014, a empresa vai lançar o caminhão T264C, de 218 t, equipado com motor de 2700 HP, projetado para operar em minas mais profundas e atingir velocidades maiores em subidas íngremes.

Caminhoesoff roadecarregadeiras para mineração

Renê Porto, vice-presidente daSany, diz que se surpreendeu com a presença de mais de 50 brasileiros interessados em compra de máquinas da marca durante a Conexpo. A empresa lança no Brasil no segundo semestre o guindaste de esteira telescópico de 100 t, SCC 1000.

O executivo indica crescimento no Brasil nos setoresoffshore, com guindastes sobre balsa, e portuário, com guindastes para movimentação de carga. A empresa anunciou que quer, a partir do segundo semestre, lançar também caminhõesoff roadrígidos de 33 t a 230 t para atender ao mercado de mineração.

A Sany trará para o Brasil o guindaste de esteira SCC 1000

Este mês (março), aLiuGongpassa a ter presidente no Brasil. York Liang disse na Conexpo que chega ao País com “a estratégia de melhorar a presença da marca e se aproximar do cliente”. O executivo chinês se instala em Belo Horizonte (MG), onde a marca temodealerBH Máquinas.

A LiuGong vai passar a oferecer máquinas de concreto e guindastes no País, além da linha amarela. O executivo disse que a empresa chinesa pretende expandir o número dedealersno Brasil e criar centros de serviço, reposição de peças e treinamento.

A japonesaKawazakianunciou que este ano passará a oferecer no Brasil, pela primeira vez, pás-carregadeiras voltadas à mineração. A empresa terá unidades em Minas Gerais e Espírito Santo e utilizará a estrutura existente no País para se estabelecer no segmento – a marca já oferece produtos para outros setores no Brasil e tem fábrica em Manaus (AM).

AAsteclevou ao evento mais de 40 equipamentos de pavimentação, processamento de agregados e perfuração. A empresa informou que até o meio do ano inaugura sua primeira fábrica no Brasil, em Vespasiano, Grande Belo Horizonte (MG). Foram investidos inicialmente US$ 30 milhões na nova unidade. Em um primeiro momento, a empresa fabricará no País britadores de mandíbulas, britadores cônicos, peneiras e alimentadores vibratórios.

Usinas de concreto da Astec

AManitowoccomeçou neste início do ano a fabricar gruas (a marca produzia apenas guindastes no País) em sua unidade brasileira, em Passo Fundo (RS). O modelo a ser produzido será o de
8t
, MCT 90.

A grua MCT 90 está sendo fabricada no Brasil pela Manitowoc

Eric Etchart, presidente da ManitowocCranes, disse que a empresa quer crescer no mercado brasileiro, apesar do momento desfavorável. “Temos uma operação a desenvolver”, disse. A marca norte-americana informou que Ricardo Rosa assumiu a direção da empresa no Brasil.

Entre os produtos apresentados na feira estão dois guindastes de esteira, o MLC300 de 300 t e o MLC650 de 650 t, ambos com a tecnologia de contrapeso de posição variável.

QiuDebo, presidente mundial daLonking, demonstrou durante a Conexpo preocupação com o mercado brasileiro, principalmente com a instabilidade da moeda e a “bolha” no mercado de máquinas. “Não quero vender mais do que posso atender”, disse. O Brasil é o principal mercado da Lonking fora da China, mas, por enquanto, a empresa não acena para se estabelecer com fábrica própria em território nacional.

O Empreiteiro lança edição em inglêscom as 200 Maiores Minas Brasileiras

A revistaO Empreiteiropublicou edição especial em inglês que circulou exclusivamente na Conexpo 2014. A publicação tratou das novas fronteiras econômicas do País, dos investimentos privados com as recentes concessões de rodovias e aeroportos, do plano de investimentos da Petrobras e dostatusdas obras dos estádios para a Copa do Mundo.

A edição trouxe ainda o ranking brasileiro das 100 maiores construtoras e empresas de montagem eletromecânica, projetos e consultoria e serviços especiais de engenharia, e o ranking das 200 maiores minas do País—resultado da pesquisa anual da revistaMinerios&Minerales.

Empresas apostamem alta tecnologia

AKomatsuintroduziu durante a Conexpo a sua nova escavadeira hidráulica híbrida HB215LC-2. Trata-se da terceira geração do modelo. A Komatsu foi a primeira indústria do setor de máquinas de construção a introduzir uma escavadeira híbrida e que tem a maior população desse tipo de equipamento. A HB215LC-2 é equipada com tecnologia de controle e monitoramento remoto de níveis de combustível, horas de operação, localização, condições de uso e alertas de manutenção. Os dados podem ser disponibilizados para análise na internet.

A escavadeira hidráulica HB215LC-2, da Komatsu

Conforme informou a revistaMinerios & Mineralesem dezembro passado, com exclusividade, a Komatsu Mining estará iniciando este ano um programa de testes no País dos caminhões autônomos—cuja operação dispensa o operador a bordo. Uma frota desse gênero já opera na Australia desde 2011. Uma conquista recente da marca no Brasil foi o fornecimento total da frota de lavra para o projeto Minas-Rio, da Anglo American, num total de 50 máquinas e veículos.

O guindaste Crossover 8000, da Terex

ATerexaproveitou a Conexpo para lançar o maior guindaste sobre caminhão na América do Norte: Crossover 8000, com capacidade de carga de 72,5 t, utilizável no raio de 360º, estabilizadores em X, lança principal de 57,6 m e maisjibextensível de 17 m. Velocidade de tráfego de 113 km/h. A plataforma Genie SX-180 sobre lança e autopropelida, lançada na Bauma, com alcance de 54,9 m, foi exibida em Las Vegas. A marca Powerscreen do grupo apresentou três novos conjuntos móveis: Premiertrack 300 com britador de mandíbulas, Trakpactor 320SR com britador de impacto e a peneira Warrior 2100.

ADoosanintroduziu nesta feira as suas linhas destinadas ao mercado americano e outros países industrializados, com o motor Tier4: as escavadeiras DX63-3, DX350LC-5, DX490LC-5, a carregadeira DL420-5 e o caminhão articulado DA40-4, disponíveis a partir do segundo trimestre deste ano. A empresa também lançou a linha de três modelos de manipuladores de materiais, cujos implementos incluem uma garra e ímã. As máquinas com potência acima de 75 HP na família Tier4 vêm equipadas com dois dispositivos antiemissão e sistema de telemática sobre manutenção preventiva.

A escavadeira DX350LC, da Doosan

A subsidiária brasileira que começou a produzir em Americana (SP) a escavadeira hidráulica DX225 LCA, de 22 t, já validada para obtenção do Finame, estuda a nacionalização de um segundo equipamento. A escavadeira nacional foi, inclusive, aprovada por uma empresa de reflorestamento após dois meses de testes. A Doosan também vai trazer ao País a carregadeira de rodas DL550, para uso de mineração, cuja caçamba transporta 10% a mais de carga útil que os modelos concorrentes.

ABobcat, marca controlada pela Doosan, manteve sua tradição de pioneirismo no segmento de máquinas compactas ao lançar na Conexpo um motor que atende a norma Tier4, sem tratamento das emissões graças a uma câmara de combustão que gera nível ultrabaixo de particulado. O equipamento mantém a proteção de corte automático do motor se o líquido refrigerante e o óleo hidráulico atingirem temperaturas de risco — e o projeto da cabine em posição avançada, para melhorar a visibilidade do operador.

Máquinas compactas com cabine em posição avançada, da Bobcat

AJLGfez o lançamento da maior plataforma de lança autopropulsada do mundo, a 1850SJ Ultra Boom. Atingindo 58 m de altura de trabalho, a máquina permite o uso de plataformas de trabalhos aéreos em aplicações previamente restritas a lanças montadas sobre caminhões. A 1850SJ oferece capacidade máxima de 454 kg. O equipamento inclui umjibtelescópico.

A plataforma de lança autopropulsada 1850SJ, da JLG

AMetsolevou à Conexpo a Lokotrack LT220D, planta móvel mais compacta projetada ate hoje, equipada com um britador cônico e uma peneira, com pesando 48 t . Combinada com a Lokotrack LT106 dotada de britador de mandíbulas, a dupla pode produzir três tipos calibrados de produtos finais.

Planta móvel Lokatrack LT220D, da Metso

A empresa também lançou a peneira móvel ST2.8 tipo scalping, que pode processar até um material pegajoso e molhado e transforma-lo em produto comercial. É indicado para separação de solos, reciclagem de entulho de demolição, pedreiras e jazidas de areia. O curso da peneira é o maior do mercado e o segundo deck é mais largo do que modelos similares.

A Wirtgen lançou quatro plantas novas pela Kleeman—dois britadores de mandíbula móveis, Mobicat MC110 Ri EVO dotado de alimentador vibratório e peneira integrada; MC110 Zi EVO equipado com alimentador vibratório e pré-peneira independente de dois deques. Ambos tem entrada de 28X41”. A linha de britadores de impacto também ganhou dois modelos: Mobirex MR 110ZSi EVO2 e MR130Zi EVO2, com aberturas respectivas de 1,1 m e 1,3 m, capacidade de alimentação de 350 e 450 t/h;

A mineradora continua 4200 SM da Wirtgen pode lavrar seletivamente depósitos de carvão e minerio de ferro, alem de rochas moles e de mediana dureza. A linha inclui ainda os modelos 2500SM e 2200SM.

AW.S. Tylerexpôs em Las Vegas uma nova planta móvel Hydro-Clean. O equipamento realiza lavagem de materiais em canteiro, incluindo agregados, reciclados, minérios e outros materiais. A planta é capaz de processar até 18 t/hora.

A planta Hydro-Clean, da W.S. Tyler

AHyundai, presente à Conexpo, levou para o seu estande a escavadeira hidráulica R1200-9, de 118 t, projetado para escavações maciças e mineração em regime severo. O motor Cummins Tier2 gera 740 HP, para acionar uma caçamba de 6,7 m³ a 8 m de profundidade. Força de escavação de 115 mil kg na caçamba. Sistema hidráulico avançado que permite ajustes super-finos e elevada controlabilidade.

A escavadeira R1200-9 Hyundai, de 120 t

ASandvikexpôs os recém-lançados britador estacionário CH550, a peneira móvel QA451—a única do mercado com três decks, capaz de gerar quatro produtos por tamanho, alem de descartar um quinto material;, rompedor 777 e unidade de perfuração DC125R.

Britador estacionário CH550, da Sandvik

AAtlas Copcoexibiu a unidade móvel de britagem Powercrusher PC3, com britador de impacto, que pode ser combinado com a peneira HS1 e correia transportadora em circuito fechado, capaz de produzir diferentes produtos finais. A introdução da carreta FlexiROC T45-10, para furos de 3,5” a 5,5”, com sistema COP Logic que ajusta impacto, alimentação e rotação de acordo com as condições da rocha, destina-se a substituir as carretas pneumáticas. A manutenção é facilitada por ter 50% menos mangueiras e 70% menos conexões.