Projeto Carina, que prevê produção industrial para 2028, é realizado por metodologia mineral circular
O Projeto Carina, da empresa Aclara Resources, localizado em Goiás, tem previsão de iniciar a produção industrial em 2028, utilizando a metodologia sustentável Colheita Mineral Circular (CMC). Essa tecnologia, já aplicada em uma planta piloto inaugurada em maio de 2025, é voltada para a extração de terras raras (como Neodímio, Praseodímio, Disprósio e Térbio) a partir de argilas iônicas, com um processo que prioriza reciclagem, baixo impacto ambiental e economia circular.
Como funciona o processo:
- As terras raras são recuperadas por troca iônica, usando Sulfato de Amônia como reagente.
- A extração é mecânica, sem uso de explosivos.
- O processo evita etapas de britagem e moagem, reduzindo consumo de energia e emissões.
- As argilas são filtradas, lavadas, secas e devolvidas à cava, eliminando a necessidade de barragens de rejeito.
- A operação reutiliza 95% da água e recupera 99% do reagente.
- Impurezas são tratadas com técnicas como precipitação química, nanofiltração e osmose reversa.
Impacto e metas:
- A Aclara visa criar uma cadeia de suprimentos vertical para ligas de terras raras, usadas em ímãs permanentes.
- O projeto pode abastecer a produção de até 5 milhões de veículos elétricos por ano.
- Além do Carina, a metodologia CMC também é usada no Módulo Penco, no Chile.
Benefícios ambientais:
- Baixo consumo de água
- Sem geração de rejeitos líquidos
- Menor pegada de carbono
- Reaproveitamento de materiais e recursos naturais
O Projeto Carina se destaca como um modelo inovador e sustentável para a mineração de terras raras, conciliando produção industrial com responsabilidade ambiental.
Esta palestra será um dos destaques do Workshop, onde compartilhará as lições e os resultados obtidos com o projeto.
Interessados em participar, as inscrições estão abertas até o dia 25 de julho no site através do link: https://revistaminerios.hubspotpagebuilder.com/workshop-opex .




