Ao contrário de muitas empresas australianas que introduzem seus produtos ou tecnologia de mineração por Chile, a Phibion fez a primeira aplicação do seu processo de reclaiming de rejeitos na Mineração Rio do Norte, no Pará, aproveitando a sua extensa experiência anterior no reprocessamento in loco de rejeitos de bauxita na Australia, seu país de origem. Segundo seu presidente Jacques Janse, a MRN acaba de prolongar o contrato com a Phibion por 5 anos e a empresa está em avançadas negociações com outras duas mineradoras no País.
Phibion também abriu escritórios locais no Chile e Peru, considerando que 45% dos rejeitos de mineração no mundo são gerados por minas de cobre e 35% por produtoras de ouro. Há três clientes em fase de testes para tratamento de rejeitos na mineração chilena, com resultados expressivos.
A empresa aponta que o processo de consolidação mecânica acelerada dos rejeitos minerais é altamente eficiente para retirar a água desse material, tornando-o mais compacto num prazo de meses. Pelo método tradicional das barragens de rejeitos, leva-se de 10 a 15 anos para a imensa massa d’água se evaporar naturalmente.
Os resultados no tratamento de rejeitos pela técnica da Phibion na MRN levaram a mineradora a adota-la em escala industrial. Depois de consolidado pelo processo mecânico conduzido pelos equipamentos projetados para essa função, o depósito de rejeitos de bauxita pode receber trafego de veículos e amostras podem ser extraídas para estudos. Enfim, os técnicos podem colocar seus pés sobre o rejeito depositado quando necessário.
A água drenada dos rejeitos pode ser reaproveitada nos processos industriais. O sucesso dessa técnica aperfeiçoada na Austrália e Jamaica se repete agora no Brasil. A modalidade de contratação da Phibion é de full service, sendo os equipamentos e operadores fornecidos pela empresa. Segundo Jacque, o capex do seu processo é muito menor se comparado com as plantas de filtros prensa, cujo custo operacional é também mais elevado. Em termos de capex, a escala é de 1 para 5.
A empresa já tem experiência de sucesso com bauxita, terras raras, e agora rejeito de cobre no Chile. Os próximos alvos serão as minas de ouro e ferro. Componentes de reposição dos equipamentos Phibion já são fabricados no Brasil.