Enaex otimiza desmontes de lavra na Ferbasa com emulsão bombeada de baixa densidade

Enaex otimiza desmontes de lavra na Ferbasa com emulsão bombeada de baixa densidade

A Mina Ipueira da Ferbasa em Andorinha (BA), localizada a cerca de 420 km da capital
Salvador, foi a primeira planta subterrânea a utilizar uma solução desenvolvida pela Enaex
para melhorar a fragmentação, gerando menos finos. Durante palestra na 16ª edição do
Workshop Opex, realizado pela Revista Minérios & Minerales no fim de julho em Belo
Horizonte, a multinacional apresentou dois agentes explosivos: Ibemux SS, solução padrão
com emulsão de maior densidade e energia, e Densiex UG, com emulsão de baixa densidade e
desenvolvida com solução de menor energia. E a mineradora detalhou os ganhos que obteve
com as soluções.

Com uma mina cujos métodos de lavra utilizados são sublevel caving e open stoping com
produção anual de 1,2 milhões de toneladas de ROM, este ano, a Ferbasa “quebrou um
paradgma”, como definiu Josimar Morgado, supervisor geral de operações da Mina Ipueira,
com a implementação do uso de emulsão bombeada de baixa densidade nos desmontes do
desenvolvimento de lavra.

“Comparada às outras minerações, a Ferbasa, em vez de fragmentar, precisa gerar mais
blocos. Com aumento da granulometria, consegue um ganho na produção e na recuperação de
minérios na planta de beneficiamento. Quanto maior a fragmentação do minério, maior é
perda de recuperação do processo”, comentou.

Na questão da performance, a consequência foi a redução da vibração e, consequentemente,
dos danos ao maciço rochoso; redução da carga máxima por espera (comparado à emulsão
padrão) e da diluição secundária proveniente do overbreak.

Diante de um desafio proposto pela própria Ferbasa, de mudar a pré-emulsão bombeada para
emulsão de baixa intensidade para reduzir a fragmentação – já que no processo de
concentração da empresa, finos em excesso geram mais rejeito -, a Enaex apresentou dois
agentes explosivos: Ibemux SS, solução padrão com emulsão de maior densidade e energia, e
Densiex UG, com emulsão de baixa densidade e desenvolvida com solução de menor energia.

Thaís Costa, coordenadora projetos subterrâneos da gerência técnica da Enaex Brasil, explicou
que as emulsões bombeadas padrões têm densidade na casa de 1.15. O Densiex tem
densidade de 0.6, com menor energia, gera menor dano ao maciço rochoso e, com isso, menos
finos. Foi utilizado o Repump SS, caminhão (unidade móvel) de bombeamento habilitado para
aplicar os dois tipos de explosivos – padrão e de baixa densidade – em um mesmo
carregamento.

“A implementação do Densiex nos desmontes de lavra da Mina Ipueira proporcionou uma
redução da geração de finos (fragmentos menores que 10mm) de 2% para 1%. Não foi possível
avaliar o impacto da mudança de explosivo no overbreak e no underbreak, uma vez que a
qualidade da perfuração e a forma como os stopes foram desenvolvidos afetaram a medição
desses indicadores de performance. Com isso, também não foi possível avaliar,
individualmente, o efeito do uso de emulsão de baixa densidade sobre tais KPi´s. Foi observada
uma redução significativa na vibração dos desmontes com uso da emulsão bombeada de baixa
densidade. A utilização do Densiex proporcionou mais flexibilidade à operação, com
possibilidade de utilização conjunta entre dois tipos de emulsão no mesmo carregamento”,
detalhou.