Tecnologia de sensores da Steinert permite maior excelência na separação de rejeitos na mineração

Empresa multinacional alemã, a Steinert está apostando na tecnologia chamada de “sensor based sorting”, que utiliza sensores para aumentar a produtividade na lavra, reduzir o desperdício e auxiliar na separação de rejeitos na mineração. A tecnologia, utilizada em uma reserva de bauxita da mineradora Terra Goyana, em Barro Alto, em Goiás, foi apresentada durante a 16ª edição do Workshop Opex, realizado nos dias 30 e 31 de julho, no Minas Centro, em Belo Horizonte.

Segundo a gerente de vendas da Steinert, Camila Senna, a tecnologia permite uma melhor separação daquilo que o cliente quer separar do material alvo na mineração. A especialista cita quatro tipos de sensores, sendo eles Raio X de transmissão, cor, laser 3D e o indutivo.

“Os sensores vão diferenciar o que quero separar do meu material alvo. Pode ser uma separação do rejeito ou do minério. Sempre levamos em conta o que tem mais proporção dentro daquela alimentação, visando um custo operacional mais baixo”, destaca.

No case apresentado, a meta da mineradora era reduzir a porcentagem de cal do produto final, gerando ao máximo uma bauxita com 0,15% de CaO. Camila destaca que, antes da implementação dos sensores, a amostra encontrada de cal no material era de 0,38%. Após a instalação dos sensores, a porcentagem caiu para 0,08%, apresentando uma redução de 44%.

Camila destacou um dos sensores, o Raio X de transmissão, que segundo ela, lê a partícula “como se estivesse em um raio x de aeroporto”.

“Isso faz com que a gente encontre, por exemplo, até pontos incrustados que estão dentro da partícula. Por exemplo um quartzo com sulfeto dentro, você consegue localizar esse ponto de maior densidade dentro do quartzo”, destaca.

A especialista pontua ainda que a tecnologia de sensores permite a triagem totalmente automatizada de materiais cujas diferenças, de outra forma, só seriam representáveis por meio de análises complexas.

“A utilização da tecnologia sensor based sorting na bauxita gerou mais produtividade na lavra, sempre buscando zero desperdício e geração de rejeitos. (…) Essa classificação contribui para criar linhas de produtos com excelência maior no mercado”, conclui.