A Vale alcançou com um ano de antecedência a meta de chegar a 70% de sua produção de minério de ferro sem uso de água – em 2015, esse percentual era de 40%. A previsão inicial divulgada pela companhia era 2023.
Essa é uma das ações previstas pela empresa para reduzir o uso de barragens, desde o rompimento da unidade da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em janeiro de 2019. O acidente foi o maior em número de vítimas da história do país – 270 mortos e seis desaparecidos.
De acordo com a Vale, o plano de investimentos de 2020 a 2025 está destinando US$ 2,3 bilhões para aumentar o uso de filtragem e empilhamento a seco em suas minas.
Já está em construção, por exemplo, a planta de concentração magnética de minérios de baixo teor de ferro, sem uso de água, desenvolvida pela Vale com a tecnologia New Steel, na mina Vargem Grande, com startup previsto para 2023. – A NewSteel foi adquirida pela Vale no fim de 2018.
A concentração magnética a seco dispensa o uso de água no processo de concentração do minério de baixo teor, o que permite que o rejeito gerado seja disposto em pilhas como estéril.
As outras plantas em Minas Gerais (mina Fábrica e mina Fazendão) estão em fase de projeto e aprovação para licenciamento ambiental.
Em março de 2021, teve início a operação da planta filtragem de rejeitos do Complexo Vargem Grande, a primeira de quatro plantas de filtragem que serão instaladas nas operações da empresa em Minas Gerais.
No processo de filtragem, a água presente nos rejeitos de minério de ferro é reduzida, permitindo que a maior parte do material seja empilhado em estado sólido, reduzindo-se, portanto, o descarte em barragens.