Focada na transição energética e em oferecer soluções sustentáveis para a mineração, a Cummins está com um projeto em desenvolvimento com a Vale e a Komatsu no Brasil, com a aplicação de um motor HHP dual fuel, ou seja, que utilizará dois tipos de combustível: etanol e diesel. Essa tecnologia visa reduzir as emissões de CO₂ sem comprometer a operação. Segundo Jonathan Mello, da Cummins, o modelo entrará na sala de testes ainda neste mês de junho.
Além dessa opção dupla de combustível nos motores de alta potência (HHP), a Cummins anunciou recentemente a aprovação em toda a sua linha de motores diesel de alta potência, em todas as classificações, o uso de combustíveis parafínicos não misturados (EN15940), frequentemente chamados de diesel renovável, incluindo óleo vegetal hidrotratado (HVO). A utilização de diesel renovável como o HVO demonstrou reduzir a emissão líquida de gases de efeito estufa (GEE) em até 90%, em comparação ao diesel convencional, dependendo da matéria-prima utilizada na sua produção.
Segundo Jonathan, os motores HHP aceitam até 100 % de HVO. “Iniciamos um trial na mina Kennecott (KUCC) em outubro de 2022, concluímos essa fase em junho de 2023 e finalizamos a conversão total em janeiro de 2024”, explicou.
Outro solução da empresa visando reduzir as emissões, foi a aquisição da First Mode, realizada pela Cummins em fevereiro deste ano. A First Mode é especializada em tecnologias de descarbonização para aplicações fora de estrada, com foco em soluções híbridas, que combinam sistemas de baterias com motores de combustão. “Estamos com cinco retrofit kits híbridos disponíveis para testes em 2025, e buscamos parceiros estratégicos na América Latina para iniciar essa fase de validação em campo”, conta Jonathan.
De acordo ainda com a nota do porta-voz da Cummins, as conversas com clientes-chave na região já estão em andamento, incluindo mineradoras no Chile, Peru e Brasil. “Essas tecnologias serão fundamentais para apoiar a indústria no caminho rumo às zero emissões, com soluções escaláveis e adaptáveis à realidade operacional da mineração”, concluiu.
