Mineração São Jorge: 49 anos de dedicação, fé e crescimento

Em 1975, nasceu um sonho. Eduardo Ruas decidiu trilhar seu próprio caminho e empreender no setor de mineração, em um momento em que a região carecia até do básico: não havia brita disponível. Foi preciso montar uma britagem do zero, enfrentando enormes desafios. Mas com persistência, fé e trabalho duro, o que parecia impossível se tornou realidade.

Quase cinco décadas depois, a Mineração São Jorge continua firme, sendo referência na produção de brita e agregados. Hoje, a empresa fornece de 40 a 50 mil toneladas por mês, atendendo a uma vasta região que inclui a Bahia, Piauí, Goiás e Tocantins, em um raio de até 500 km. O portfólio é completo: da pedra comercial ao pó de brita, brita 3/8, 3/4, 1”, 1 ½, 2” e muito mais, sempre com qualidade e disponibilidade em estoque.

Mas a história da São Jorge não é feita apenas de máquinas e pedras. É feita de pessoas. Muitos colaboradores dedicaram mais de 30 anos de suas vidas à empresa, formando uma verdadeira família. Alguns já se aposentaram, outros seguem firmes ao lado do fundador, que, prestes a completar 80 anos, ainda trabalha com paixão e entusiasmo.

O nome São Jorge tem um significado especial. Em um dos momentos mais difíceis, Eduardo recebeu de um amigo a oração ao santo guerreiro. A fé trouxe forças e abriu caminhos, tornando São Jorge um símbolo de proteção e inspiração para a empresa.

Mais do que fornecer brita, a Mineração São Jorge se consolidou como um pilar de desenvolvimento para São Desidério e toda a região. Sempre comprometida com clientes, colaboradores e com o meio ambiente, a empresa cresceu junto com o progresso local, carregando consigo a mesma essência de quando tudo começou: trabalho honesto, dedicação e a certeza de que com fé e esforço, é possível vencer qualquer desafio.

Inovação: Anglo American passa a contar com Centro de Operações Remotas no Minas-Rio

O Sistema Minas-Rio, empreendimento de minério de ferro premium da Anglo American no Brasil, conta desde o início de setembro com o Centro de Operações Remotas (COR). O novo espaço foi concebido para centralizar a operação e o monitoramento de equipamentos de mina. Inicialmente, o COR comandará, de forma remota, a operação de tratores de esteira teleoperados e perfuratrizes autônomas, com planos para incorporar outros equipamentos no futuro.

Resultado de um investimento de cerca de R$ 7 milhões da companhia, o centro de alta tecnologia representa um passo significativo na jornada de transformação digital da Anglo American, em busca de oferecer mais segurança ao ambiente operacional, impulsionar a inovação por meio da automação, e promover a integração em um único local para garantir sinergia entre as equipes.

A mudança também promove uma significativa capacitação profissional, favorecendo novas competências para a operação remota. Além disso, o COR abre portas para a inclusão, criando oportunidades para que pessoas com mobilidade reduzida possam desempenhar funções que antes exigiam deslocamento a locais de difícil acesso.

“O COR representa um avanço no programa Mina Moderna, iniciativa da Anglo American que busca aumentar performance, produtividade e segurança nas operações, utilizando tecnologias de ponta para tornar a mineração mais eficiente, segura e sustentável. Além disso, enfatiza que vemos a inovação como uma aliada do desenvolvimento de pessoas, já que o foco está na requalificação e no aproveitamento interno do nosso quadro de talentos, com a preparação de nossos empregados para as novas demandas do setor”, detalha Aurélio Garcia, gerente executivo de Operações de Mina.

SOBRE A ANGLO AMERICAN

A Anglo American é uma líder global em mineração, comprometida com a produção responsável de cobre, minério de ferro premium e nutrientes agrícolas – produtos essenciais para viabilizar o futuro, impulsionar a descarbonização da economia global, melhorar os padrões de vida e fortalecer a segurança alimentar. Nossas operações de classe mundial e recursos excepcionais nos proporcionam um portfólio robusto, com grande potencial de crescimento em todos os nossos três negócios. Essa combinação estratégica nos posiciona de maneira ideal para capturar as principais tendências de demanda, que se mostram estruturalmente atraentes a longo prazo.

Nossa abordagem integrada de sustentabilidade e inovação impulsiona nossa tomada de decisões em toda a cadeia de valor, desde como descobrimos novos recursos até como mineramos, processamos, movemos e comercializamos nossos produtos para nossos clientes – com segurança, eficiência e responsabilidade. Nosso Plano de Mineração Sustentável estabelece compromissos claros com metas abrangentes em diferentes horizontes de tempo, assegurando nossa contribuição para preservação de
um meio-ambiente saudável, a promoção de comunidades prósperas e o fortalecimento da confiança em nossa posição como líder corporativo. Trabalhamos em conjunto com nossos parceiros de negócios e diversas partes interessadas para gerar valor duradouro de recursos naturais preciosos para nossos acionistas, para o benefício das comunidades e países em que operamos e para a sociedade como um todo. A Anglo American está reimaginando a mineração para melhorar a vida das pessoas.

A Anglo American está atualmente implementando uma série de mudanças estruturais importantes para desbloquear o valor inerente ao seu portfólio e, assim, acelerar a entrega de suas prioridades estratégicas de excelência operacional, simplificação de portfólio e crescimento. Essa transformação do portfólio está focando a Anglo American em sua base de ativos de recursos de classe mundial em cobre, minério de ferro premium e nutrientes agrícolas – uma vez concluída a venda dos negócios de carvão metalúrgico e níquel, e a separação do nosso icônico negócio de diamantes (De Beers).

Uso de inteligência artificial em projetos ferroviários é destaque em evento global

A Vale acaba de receber distinção no cenário tecnológico internacional: a aprovação para apresentar seu trabalho no Rail Summit 2025, evento global com foco na transformação digital e no futuro da engenharia ferroviária. O projeto intitulado “Aplicação de Inteligência Artificial na Verificação de Projetos de Terraplenagem de Ferrovias” marca um avanço significativo na otimização de projetos ferroviários e evidencia a excelência técnica das equipes da Vale.

A solução desenvolvida integra inteligência artificial generativa com algoritmos clássicos de pesquisa operacional — como Dijkstra e Stepping Stone — para automatizar e otimizar a distribuição de terraplenagem em projetos ferroviários. Essa abordagem supera os métodos tradicionais ao permitir análises em poucas horas, o que levaria dias no método tradicional. O desafio central da terraplenagem envolve a definição das melhores rotas e volumes de transporte entre centros de origem (áreas de corte) e destino (áreas de aterro), considerando não apenas distâncias e custos, mas também segurança dos trabalhadores, prazos de execução e compatibilidade geotécnica dos materiais. Tradicionalmente, esse processo exigia análises manuais extensas e cálculos repetitivos, limitando a avaliação de alternativas.

Os resultados são expressivos: a metodologia reduziu em 75% o tempo de análise e proporcionou uma economia de 5% no esforço de transporte, respeitando rigorosamente parâmetros técnicos como CBR (California Bearing Ratio), módulo resiliente e coeficientes de expansão dos solos. A automação cobre todo o fluxo de trabalho — da extração de seções no AutoCAD Civil 3D à geração de aplicações web interativas para visualização dos resultados. Essa integração oferece aos analistas acesso imediato a análises complexas por meio de interfaces intuitivas, democratizando o uso de técnicas avançadas de otimização.

O diferencial técnico está na modelagem flexível e na simulação ágil de cenários em tempo real, com verificação automática da compatibilidade geotécnica entre materiais. Isso proporciona soluções não apenas economicamente eficientes, mas também tecnicamente seguras e viáveis. Outro avanço é a padronização automatizada de relatórios e documentação técnica, dando consistência nos resultados independentemente da equipe envolvida e elevando o padrão de qualidade dos projetos.

Reconhecido como um dos principais eventos tecnológicos do setor ferroviário, o Rail Summit 2025 reunirá especialistas, empresas e instituições de pesquisa de todo o mundo. A apresentação da Vale, marcada para 4 de novembro, posiciona a empresa como referência global em inovação aplicada à engenharia ferroviária.

De acordo com Cristian Lourenço, Gerente Geral de Engenharia da Vale, a participação no evento representa uma oportunidade estratégica para estabelecer parcerias e promover o intercâmbio de experiências com outros projetos de vanguarda. Desenvolvido de forma colaborativa por profissionais internos, o projeto é replicável e adaptável a diferentes contextos e setores.

Outra iniciativa, inicialmente aplicada à disciplina de Geometria, o protocolo automatizado contemplou parâmetros técnicos de curva horizontal, curva vertical e superelevação. A solução, que atua como
co-conferente digital, promoveu uma transformação significativa nos processos de análise: a produtividade da equipe de Engenharia aumentou em mais de 95%, e a qualidade das verificações evoluiu de amostral para completa, com maior assertividade e confiabilidade. O projeto também contribuiu para a redução de retrabalho, minimização de erros humanos e conflitos em campo, além de liberar a equipe para atividades analíticas e inovadoras.

Mais do que uma conquista técnica, a seleção para o Rail Summit simboliza a capacidade da Vale de transformar conhecimento em soluções práticas que geram valor real para seus projetos e para a sociedade. “Com essa participação, a empresa reafirma sua liderança tecnológica no setor ferroviário nacional e projeta a expertise de seus engenheiros para o cenário global, inspirando novas gerações a explorar o potencial transformador da inteligência artificial na infraestrutura de transportes”, afirma Cristian Lourenço.

RECONHECIMENTO LOCAL

No cenário nacional, dentro desse mesmo tema, a Vale também foi reconhecida nesse ano com o primeiro lugar na categoria “Contratante Privado” durante o BIM Fórum Conference 2025, realizado em maio, em São Paulo. A premiação, promovida pelo BIM Fórum Brasil, destaca as melhores práticas na aplicação da metodologia BIM (Building Information Modeling) no país, valorizando iniciativas que impulsionam a transformação digital no setor AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações).

O case vencedor da Vale apresentou a aplicação integrada do BIM ao controle tecnológico no Complexo Mariana, especificamente na Barragem Campo Grande, em Minas Gerais. Desenvolvido ao longo de uma jornada iniciada em 2019, o projeto representa um marco na adoção de soluções digitais para aprimoramento da eficiência, qualidade e rastreabilidade em obras de infraestrutura.

“A conquista reforça o alinhamento da Vale com sua estratégia de transformação digital, promovendo a modernização de processos, o uso de tecnologias inovadoras e o fortalecimento de redes colaborativas. A participação no evento também evidencia o compromisso da empresa com a excelência operacional e a adoção de práticas sustentáveis e eficientes”, reforça o diretor de Projetos de Descaracterização de Barragens, Douglas Carvalho.

SAIBA MAIS SOBRE A ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DIGITAL NA VALE

“Esse conjunto de iniciativas vem consolidando as metodologias BIM, AWP e LPS como pilares estratégicos de gestão dos Projetos da Vale, reafirmando o compromisso da empresa com a inovação, a excelência técnica e a transformação digital no setor mineral”, é o que explica o diretor de Projetos Serra Sul da Vale, Heuser Hortmann. De acordo com o gestor, a maturidade e disciplina na aplicação de metodologias como BIM, AWP e LPS nas fases de desenvolvimento influenciam na execução das atividades na fase de construção de três maneiras: Planejamento visual com modelos 3D/4D: o uso de BIM integrado a ferramentas de planejamento permite visualizar o cronograma e o progresso físico simultaneamente. Planejamento orientado à prontidão: a maturidade no uso dessas metodologias garante que as atividades sejam executadas com os recursos certos, no momento certo, evitando atrasos e desperdícios. BIM como base técnica confiável: quando bem implementado, o BIM fornece modelos precisos que alimentam os pacotes de trabalho do AWP. LPS como suporte a rotina: rotinas bem estabelecidas para gerenciamento do plano de implantação, mapeamento e eliminação de restrições, programação semanal, check diário de performance.

Anglo American completa 30 dias do centro de operações remotas no Sistema Minas-Rio

A Anglo American está completdoan, neste início de outubro, os primeiros 30 dias de atuação do Centro de Operações Remotas (COR) inaugurado no Sistema Minas-Rio, principal investimento global da companhia e que fica em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG), a cerca de 170 km da capital Belo Horizonte. Com investimentos de cerca de R$ 7 milhões, o novo espaço foi concebido para centralizar a operação e o monitoramento de equipamentos de mina.

Inicialmente, o COR comandará, de forma remota, a operação de tratores de esteira teleoperados e perfuratrizes autônomas, com planos para incorporar outros equipamentos no futuro. A Anglo destaca que a mudança também está promovendo uma significativa capacitação profissional, favorecendo novas competências para a operação remota, abrindo portas para a inclusão para que pessoas com mobilidade reduzida possam desempenhar funções que antes exigiam deslocamento a locais de difícil acesso.

O Sistema Minas Rio tem capacidade de produção de 26,5 milhões de toneladas de concentrado de minério de ferro por ano. Do interior mineiro até o litoral fluminense, o minério de ferro é transportado por um mineroduto de 529 km que passa por 33 municípios até chegar a São João da Barra (RJ). Pelo terminal do Porto de Açu, no qual a Anglo American possui 50% de participação, o minério de ferro do Minas-Rio passa pelo processo de filtragem e segue para o mercado mundial.

O concentrado de minério produzido no Sistema Minas-Rio possui alto teor de ferro (67,5 %) e baixo teor de impurezas. Do tipo pellet feed, são comercializadas duas categorias do produto: pellet feed de redução direta e pellet feed de alto-forno.

Como funcionam os sensores IoT para monitorar barragens de mineração

O monitoramento de barragens de rejeitos é um dos maiores desafios da mineração moderna. Após tragédias que marcaram a história recente do setor, ficou evidente a necessidade de sistemas mais eficientes, em tempo real e com alta confiabilidade.

É nesse contexto que entram os sensores IoT em barragens de mineração, capazes de coletar, transmitir e analisar dados de forma contínua, ajudando a prevenir falhas estruturais e a aumentar a segurança de comunidades próximas.


A importância do monitoramento de barragens de rejeitos

Histórico de acidentes e riscos associados

Rompimentos de barragens no Brasil — como em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) — mostraram os enormes riscos sociais, ambientais e econômicos da mineração sem monitoramento adequado.

Normas e exigências legais no Brasil

A legislação brasileira passou a exigir planos de segurança de barragens e sistemas de monitoramento contínuo, sob supervisão da Agência Nacional de Mineração (ANM) e órgãos ambientais.


O que são sensores IoT e por que usá-los em barragens

Conceito de Internet das Coisas (IoT)

A IoT é a rede de dispositivos inteligentes conectados à internet, que coletam e transmitem dados automaticamente.

Diferença entre sistemas convencionais e IoT

Enquanto os métodos tradicionais dependem de medições manuais periódicas, os sensores IoT permitem monitoramento 24 horas por dia, com alertas instantâneos em caso de alterações críticas.


Como funcionam os sensores IoT no monitoramento de barragens

Tipos de sensores aplicados

  • Piezômetros: medem a pressão da água dentro da estrutura.
  • Inclinômetros: detectam movimentações ou deformações no terreno.
  • Sensores de umidade: monitoram infiltrações.
  • Sensores de pressão e vibração: identificam esforços excessivos na estrutura.

Transmissão de dados em tempo real

Os sensores enviam informações via redes sem fio (4G, 5G, satélite ou rádio) para plataformas digitais em nuvem.

Dashboards e alertas automáticos

Engenheiros têm acesso a painéis interativos e recebem alertas em tempo real quando parâmetros ultrapassam limites de segurança.


Benefícios do uso de IoT em barragens de mineração

  • Prevenção de falhas e acidentes: o monitoramento contínuo permite identificar problemas antes que eles se agravem.
  • Redução de custos com manutenção preditiva: com dados precisos, as mineradoras podem atuar de forma preventiva, evitando gastos emergenciais.
  • Transparência e conformidade regulatória: a IoT ajuda a atender exigências da ANM e aumenta a confiança da sociedade e dos órgãos fiscalizadores.

Empresas que já utilizam sensores IoT em barragens no Brasil

Vale

Após o rompimento da barragem de Brumadinho (2019), a Vale intensificou os investimentos em tecnologias de monitoramento.
Hoje, a empresa utiliza sensores IoT, radares, piezômetros automatizados e câmeras 3D em diversas barragens, transmitindo dados em tempo real para centros de controle.
Mais de 90 barragens e diques estão sob monitoramento contínuo com sistemas digitais.

Anglo American

A mineradora implementou um sistema integrado de IoT e inteligência artificial para monitorar suas barragens em Minas Gerais.
Os sensores medem níveis de água, pressão interna e movimentação do solo, enviando informações para plataformas digitais.

Samarco

A Samarco também adotou sensores IoT e drones para monitoramento remoto de barragens e estruturas de rejeitos.
A empresa utiliza radares de superfície e sensores automáticos para identificar anomalias e emitir alertas preventivos.

CSN Mineração

A CSN instalou sensores de deformação e inclinação em barragens, transmitindo dados em tempo real para centrais de controle.
O uso da IoT complementa inspeções visuais e relatórios exigidos pela ANM.

Kinross Gold

A Kinross, em Paracatu (MG), utiliza sensores IoT para monitoramento geotécnico e hidrológico.
Os dados são integrados a plataformas digitais e softwares preditivos, permitindo a antecipação de falhas.


Desafios e limitações da aplicação de IoT em barragens

  • Conectividade em áreas remotas: muitas barragens estão em regiões sem infraestrutura de rede.
  • Custos de implementação: instalação de sensores e sistemas exige investimento inicial elevado.
  • Capacitação técnica: engenheiros precisam de treinamento para interpretar e usar corretamente os dados coletados.

O futuro do monitoramento de barragens com IoT

Integração com IA, drones e digital twins

O próximo passo é unir os sensores IoT a modelos digitais de barragens (digital twins), inteligência artificial para prever falhas e drones para inspeções aéreas.

Perspectivas para mineração 4.0 no Brasil

Nos próximos anos, espera-se que o uso de IoT em barragens se torne obrigatório em larga escala, fortalecendo a segurança e modernizando o setor mineral.


IoT como aliada da segurança em barragens de mineração

Os sensores IoT em barragens de mineração já não são apenas uma tendência: são realidade no Brasil.
Empresas como Vale, Anglo American, Samarco, CSN Mineração e Kinross já utilizam esses sistemas para reforçar a segurança, sustentabilidade e conformidade regulatória.

Combinados a drones, digital twins e inteligência artificial, os sensores IoT representam o futuro do monitoramento de barragens e um passo decisivo para uma mineração mais responsável.

Sensores IoT na Mineração: o que são, para que servem e os principais benefícios

A mineração 4.0 está transformando a forma como as operações minerais são planejadas, monitoradas e executadas. Entre as tecnologias que lideram essa revolução estão os sensores IoT na mineração, que permitem acompanhar em tempo real o desempenho de equipamentos, variáveis ambientais e fluxos de produção.

Ao integrar o mundo físico ao digital, a Internet das Coisas (IoT) oferece ao setor mineral maior segurança, eficiência e sustentabilidade.


O que é IoT e como se aplica à mineração

Conceito de Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas (IoT) refere-se à rede de dispositivos e sensores conectados que coletam e transmitem dados pela internet. Na mineração, isso significa que máquinas, caminhões, sensores ambientais e estruturas de mina podem “conversar” entre si.

Diferença entre automação tradicional e IoT

A automação convencional depende de sistemas locais e rígidos. Já a IoT permite coleta contínua de dados em campo, integração em nuvem e análises avançadas que apoiam a tomada de decisão em tempo real.


O que são sensores IoT na mineração

Os sensores IoT são dispositivos inteligentes capazes de coletar dados diretamente no ambiente de mineração — como temperatura, vibração, pressão e qualidade do ar — e enviar essas informações para plataformas digitais em nuvem.

Esses dados permitem que gestores e engenheiros acompanhem remotamente a operação e tomem decisões mais assertivas.


5 principais tipos de sensores IoT na mineração

Para tornar mais claro como essa tecnologia já está sendo aplicada, listamos os 5 sensores mais utilizados no setor mineral:

  1. Sensores de Vibração e Temperatura
    • Monitoram motores, correias transportadoras e equipamentos pesados.
    • Permitem identificar anomalias e antecipar falhas mecânicas.
  2. Sensores Ambientais
    • Medem níveis de poeira, gases tóxicos (como metano e CO₂) e qualidade do ar.
    • Essenciais para segurança ocupacional em minas subterrâneas.
  3. Sensores de Pressão e Umidade
    • Usados no monitoramento de barragens de rejeitos e taludes.
    • Auxiliam na prevenção de acidentes e rompimentos.
  4. Sensores de Posição e Telemetria
    • Aplicados em caminhões fora de estrada, escavadeiras e perfuratrizes.
    • Otimizam rotas, reduzem consumo de combustível e melhoram a logística.
  5. Sensores de Consumo Energético
    • Monitoram a utilização de energia em plantas de beneficiamento.
    • Apoiam a redução de custos e eficiência energética.

Para que servem os sensores IoT na mineração

  • Monitoramento em tempo real de equipamentos: evita falhas inesperadas em ativos críticos.
  • Controle ambiental: garante conformidade regulatória em relação a poeira, vibração, ruído e emissões de gases.
  • Gestão de frota e rastreamento de ativos: aumenta a eficiência logística dentro das minas.
  • Prevenção de falhas (manutenção preditiva): amplia a vida útil dos equipamentos e reduz paradas não programadas.

Principais benefícios do uso de sensores IoT no setor mineral

Aumento da segurança operacional

Monitorar condições ambientais e estruturais ajuda a prevenir acidentes em minas subterrâneas e a céu aberto.

Redução de custos e maior produtividade

Com manutenção preditiva e monitoramento de frota, há economia em combustível, peças e horas-homens.

Sustentabilidade e eficiência energética

Sensores otimizam o consumo de energia e água, além de apoiar a gestão de barragens e rejeitos, reduzindo riscos ambientais.


Casos de uso de IoT na mineração brasileira e internacional

No Brasil, grandes mineradoras já adotam sensores IoT em monitoramento de barragens de rejeitos e gestão de frota autônoma.
No cenário internacional, países como Austrália e Canadá utilizam IoT integrada com inteligência artificial para prever falhas em equipamentos e otimizar a logística mineral.


Desafios para a adoção de IoT na mineração

  • Alto custo de implementação inicial em áreas remotas.
  • Necessidade de conectividade confiável, como redes privadas 5G.
  • Falta de profissionais capacitados para análise de dados e manutenção dos sistemas.

O futuro da mineração com sensores IoT

Mineração 4.0 e integração com IA e Big Data

A IoT será cada vez mais integrada a inteligência artificial, digital twins e big data analytics, criando operações autônomas e autossustentáveis.

Perspectivas para os próximos anos

A expectativa é que, até 2030, a maioria das operações de mineração no Brasil utilize sensores IoT como padrão de monitoramento e segurança.


Conclusão: IoT como alicerce da mineração inteligente

Os sensores IoT na mineração já não são mais uma promessa: são realidade em diversas operações brasileiras e internacionais. Eles representam a base da mineração inteligente, garantindo segurança, eficiência e sustentabilidade em um setor cada vez mais desafiador.

Calculadora on-line gratuita promove economia de energia em posicionadores de válvulas

A Valmet, líder mundial no desenvolvimento, fornecimento e oferta de tecnologias de processo, automação e serviços, lançou uma calculadora on- line gratuita para indústrias de processo que utilizam posicionadores de válvulas. Esta ferramenta avalia o potencial de economia em custos de energia e a redução de emissões de CO2 obtidas com a atualização de modelos antigos de posicionadores de válvula para a nova geração do posicionador de válvula inteligente Neles™ NDX™.

A calculadora tem como parâmetro o posicionador NDX e aplica valores indicativos conservadores. Para personalizar os cálculos, os usuários podem acessar o site da Valmet e inserir os dados específicos de seus posicionadores, o custo exato do ar comprimido e as emissões médias de CO₂ por kWh consumido. Com o resultado, que é obtido imediatamente, é possível avaliar os custos energéticos da planta industrial e comprovar o potencial de economia, contribuindo para a aprovação de investimentos que visem à redução das emissões de carbono.

A calculadora foi testada por clientes do setor de celulose e papel e é aplicável a uma ampla gama de indústrias, incluindo refino, produtos químicos, mineração, metais, energia renovável e gases.

O posicionador de válvula inteligente Neles™ NDX da Valmet reduz o consumo de ar em cerca de 80% a 90% em comparação com os posicionadores convencionais. Isso o torna uma opção eficiente para auxiliar as indústrias de processo a atingirem suas metas ambientais. Equipado com uma notável capacidade pneumática, além de alta confiabilidade e durabilidade, ele atende uma ampla gama de aplicações, abrangendo todos os tamanhos de atuadores e tipos de movimento, seja linear ou rotativo.

Caminhoneiros agendam carregamento via whatsapp e otimizam logística da mineração

Aproximadamente 200 caminhoneiros que fazem o carregamento diário na mineradora Calcário Terra Branca, de Vila Propício, a 230 km de Goiânia, chegam no pátio de expedição com hora marcada pelo whatsapp, sem enfrentar as filas de quase 24 horas que antes se estendiam por até três quilômetros até a entrada da cidade, atrapalhando a vida da comunidade. Esse é o cenário que já acontece há cerca de um mês e meio na mineradora. 

“Hoje eles esperam no máximo uma hora e a operação de carregamento dura 10 minutos, incluindo a emissão da nota fiscal de transporte”, diz Gabriel Amorim Silva, analista de TI da Terra Branca. “Hoje carregamos cerca de 200 caminhões em turnos de 14 horas, ou um caminhão a cada 4 minutos”, contabiliza ele. 

Na mineradora de calcário Calbrax, de Guarani de Goiás, a 500 km de Goiânia, 50 caminhões por dia realizam o carregamento agendado por whatsapp. “Ganhamos segurança e previsibilidade de carga, o que é importante porque a logística tem um peso enorme no custo do produto para nossos clientes”, diz Helena Maria Carvalho Vianna da Costa, diretora executiva da Calbrax. Ela lembra que antes do agendamento, eram 40 ou 50 motoristas e caminhões ao mesmo tempo no pátio da empresa, disputando espaço, prioridade e comodidades. Hoje são no máximo quatro ou cinco simultaneamente e os motoristas desfrutam das instalações sem problemas. “O transportador é um influenciador de venda: se ele é bem tratado na nossa empresa ele sempre volta. Isso ajuda o nosso comercial”, explica a diretora.

Detalhes como esses constituem um “alívio logístico” para as mineradoras e um ganho de qualidade de vida para os motoristas. Bom para os dois lados. “Há oportunidades para ganhos de eficiência e praticidade como esses em todas as áreas da mineração”, indica Fábio Macedo, executivo comercial da Minerion, fornecedora do sistema de gestão específico para mineradoras que inclui o módulo do agendamento de cargas via whatsapp. 

Fábio palestrou sobre essa e outras novidades tecnológicas na Feira da Indústria da Mineração – Brasmin 2025, que acontece nesta semana até dia 26 de junho, no Centro de Convenções PUC II, em Goiânia. 

Facilidade e velocidade de carregamento

O sistema Minerion facilita o controle da expedição por parte das mineradoras. Por meio de seu celular, o caminhoneiro faz seu registro original em um número específico de whatsapp da mineradora, indicando nome, placa e a tonelagem do caminhão. Depois, basta enviar por whatsapp o número do pedido do cliente para quem deverá entregar a carga: imediatamente o sistema responde com o dia e o horário do carregamento, dentro de um prazo de 24 a 48 horas do envio da mensagem original do motorista. “Dessa forma, sabemos a capacidade acumulada de carga dos veículos programados para o dia e calculamos o volume de carregamento”, comenta o analista Gabriel Amorim Silva, da Terra Branca. 

Tanto na Terra Branca quanto na Calbrax, o agendamento é integrado ao sistema de gestão geral das empresas. “Ao marcar dia e hora do carregamento, o sistema indica o lote de calcário, faz a baixa no estoque e o alinhamento financeiro e contábil”, explica a diretora Helena Maria. “Quando o motorista passa na balança automatizada de saída do pátio de expedição a nota fiscal de carregamento é emitida muito rapidamente”, comenta ela.

Concreto de cura rápida é utilizado para evitar paradas não programadas

A mineração movimentou R$ 270,8 bilhões em 2023, segundo o Ibram, um crescimento de 9,1% em relação ao ano anterior. Os números reforçam a relevância do setor na economia nacional e o impacto que paradas inesperadas podem causar nas operações.

Um estudo global conduzido pela empresa britânica Senseye, especializada em manutenção preditiva, estimou que indústrias minerais perdem, em média, 23 horas por mês devido a falhas que poderiam ser previstas. Avaliando 72 multinacionais de segmentos como mineração, automotivo e óleo e gás, o levantamento revelou que, no setor mineral, cada hora parada pode custar até US$ 188 mil – mais de R$ 1 milhão.

Para enfrentar esse cenário, a manutenção ganhou papel estratégico. Soluções voltadas à agilidade e eficiência nos reparos têm contribuído para aumentar a disponibilidade de equipamentos, evitar paradas e garantir a segurança nas operações.

O LOCTITE® PC 9410 Magna Crete, um concreto de cura rápida desenvolvido para situações em que agilidade, resistência e segurança são indispensáveis. A fórmula é ideal para reparos de pisos industriais, rampas, docas, colunas, vigas, bases de equipamentos e nivelamento de trilhos. Sua cura ocorre em apenas 30 minutos, com liberação da área em até duas horas, o que permite retomar rapidamente as operações.

O produto adere com facilidade a concreto, aço, madeira e outras superfícies, e pode ser aplicado até mesmo em áreas verticais. Além disso, resiste a temperaturas que vão de -50°C a 1.100°C, sem encolhimento, e oferece a possibilidade de ajustes no tempo de cura com aceleradores ou retardadores, conforme a necessidade da aplicação.

“A solução, desenvolvida regionalmente pela Henkel, já é utilizada por mineradoras em diversas regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste. Mais do que fornecer produtos, nosso compromisso é estar presente com uma equipe técnica especializada, apoiando todo o ciclo da mineração. Essa proximidade fortalece a confiança com nossos parceiros”, afirma Andrio Ducati, gerente nacional de vendas da Henkel.

Com atuação em mais de 800 segmentos industriais ao redor do mundo, a Henkel tem o Brasil como um de seus mercados prioritários. A empresa conta com duas fábricas no estado de São Paulo — Itapevi e Jundiaí — e está prestes a inaugurar, em Jundiaí, o seu primeiro centro de inovação na América Latina: o Henkel Inspiration Center.

Previsto para o terceiro trimestre, o centro será o terceiro do mundo (os outros estão na Alemanha e China) e trará soluções desenvolvidas localmente para atender às demandas específicas da indústria. Entre os diferenciais do projeto estão a adoção de práticas sustentáveis, como a construção com madeira engenheirada e certificada, painéis solares e sistema de reuso de água. A expectativa é que o centro reforce o papel do Brasil como polo estratégico de inovação e exportação para a companhia.

“O Brasil é um celeiro de desenvolvimento. O centro vai acelerar o atendimento às necessidades dos nossos clientes e ampliar nosso impacto em soluções sustentáveis, prioridade da Henkel há mais de 30 anos”, conclui Andrio.

Nova linha de ferramentas otimizam tempo e custos no desmonte de rochas

A Valence Boart Longyear anunciou a ampliação de sua atuação no Brasil com a representação oficial da linha Rock Tools da Boart Longyear. Reconhecida mundialmente pela inovação e confiabilidade em soluções para perfuração e desmonte de rochas, a linha Rock Tools chega para fortalecer a presença da marca em um mercado estratégico e em constante crescimento.

Voltada para aplicações em lavra, construção pesada, pedreiras, túneis e infraestrutura, a linha Rock Tools é composta por ferramentas de alta performance que atendem aos mais exigentes requisitos operacionais. Entre os principais produtos estão bits, hastes, adaptadores e acessórios para perfuração top hammer e down-the-hole (DTH), projetados para suportar as condições mais severas de operação.

As ferramentas Rock Tools são desenvolvidas com foco em três pilares essenciais para operações bem-sucedidas em campo:

Eficiência operacional: o design otimizado e os materiais de alta qualidade garantem maior taxa de penetração e menor tempo de parada, contribuindo para a produtividade e redução de custos por metro perfurado.

Durabilidade: os produtos passam por rigorosos testes de resistência e são produzidos com ligas metálicas de alto desempenho, garantindo longa vida útil mesmo em solos abrasivos e condições extremas.

Segurança: cada componente é projetado com foco na integridade operacional e no bem-estar dos operadores, reduzindo riscos durante o manuseio e a operação em campo.

ATUAÇÃO ESTRATÉGICA NO BRASIL
Com a ampliação da atuação no Brasil, a Valence Boart Longyear passa a oferecer suporte técnico especializado e atendimento personalizado, garantindo agilidade e confiabilidade em toda a cadeia de fornecimento. A nova estrutura também visa atender projetos em diferentes regiões do país.

“A chegada da linha Rock Tools reforça nosso compromisso com a excelência operacional e a proximidade com os clientes. Estamos preparados para atender com soluções robustas, que contribuem diretamente para a produtividade e a segurança nas operações”, afirma Marx Gutierrez, Diretor de Operações da Valence Boart Longyear.